NENHUMA ESCOLA DAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE LARANJAL DO JARI ATINGIU A META DO IDEB EM 2019. A SITUAÇÃO VEM SE REPETINDO DESDE O ANO DE 2013.
Mantendo a regularidade, as escolas Estadual Santo Antônio do Jari, Municipal Zélia Conceição e Estadual Mirilândia conseguiram as três melhores notas, ficando respectivamente com as notas 5.7, 5.6 e 5.2. no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2019. Elas também conseguiram cumprir a meta estabelecida pelo Ministério da Educação. Com esse resultado, as três escolas conseguiram superar as notas em todos os níveis de ensino do município, como Ensino Fundamental 1 e 2 e Ensino Médio, tanto das redes municipal, quanto estadual e federal. A Escola Tereza Teles (Fund. 1/municipal) e Ifap (Ens. Médio/federal) tiraram nota 5.0.
Se por um lado as escolas do Ensino Fundamental 1 (do 1º ao 5º ano) conseguiram melhorar os seus índices, nenhuma instituição que ministra o Fundamental 2 no município de Laranjal do Jari conseguiu atingir a meta em 2019. Entre as Estaduais, apenas Santo Antônio do Jari (Antes localizada no Agreste e a partir de 2020 no bairro Prosperidade) e Mirilândia (bairro Mirilândia) e entre as municipais as escolas Zélia Conceição (Nova Esperança), Tereza Teles (Agreste), Terezinha Queiroga (Castanheira) e Nazaré Mineiro(Assentamento Nazaré Mineiro) conseguiram atingir suas próprias metas.
De 2007 em diante a Escola M. Terezinha Queiroga foi a que mais conseguiu atingir a meta com 6 vezes, seguido das escolas Zélia Conceição, Santo Antônio e Tereza Teles com 5 cumprimentos cada. Na outra ponta, as escolas Prosperidade, Irandyr Pontes Pontes, Nazaré Mineiro, Sônia Henriques, Santa Maria Menina e Paulo Freire nunca conseguiram atingir a meta. As avaliações são feitas a cada dois anos, sendo sempre aplicadas nos anos ímpares a partir de 2005, sendo que as notas das primeiras provas serviram de parâmetro para as metas dos anos posteriores.
Nenhuma escola pública das redes estadual e municipal do 6º ao 9º ano (E. Fundamenal 2) de Laranjal do Jari conseguiu cumprir a meta do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2019. Esta situação vem se repetindo desde o ano de 2013, ou seja, nas quatro últimas edições da Prova Brasil. A Escola M. Raimunda Capiberibe obteve a maior nota (4,3) e a Escola Irandyr Pontes tirou a nota mais baixa (3,0).
No Ensino Médio, o IFAP atingiu a nota 5.0 e a Escola Sônia Henriques ficou com 2.3. Sendo estas as únicas escolas laranjalenses deste ciclo a serem avaliadas pelo MEC.
O indicador relaciona o desempenho dos estudantes em Lingua Portuguesa e Matemática em avaliações de larga escala, obtidas pela Prova Brasil/Saeb, com dados do fluxo escolar, via Censo Escolar do Ensino Básico.
Amapá ficou entre os estados com pior desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) 2019, com desempenho abaixo das expectativas para o ensino médio e o ensino fundamental dos anos iniciais e finais.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, o desempenho ficou mais próximo da meta: 4,9 diante de 5.2. O Amapá, além do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, foram os únicos a ficarem abaixo do estipulado.
Para Ivan Lopes, pedagogo, especialista em educação e professor das redes estadual e municipal com 26 anos de atuação, o Ideb é importante porque serve de parâmetro para se analisar os resultados da escola, entretanto não pode ser utilizado como único indicador para se avaliar a qualidade do trabalho dos profissionais e a aprendizagem dos alunos. “Há inúmeros fatores que podem influenciar diretamente nos resultados e estes não podem ser desconsiderados, a exemplo das condições socioeconômicas dos alunos. Não podemos esperar resultados iguais de uma turma cuja maioria dos alunos tem acesso ao computador e internet e de outra turma em outra escola na periferia que não tem as mesmas condições. Seria imprudente, injusto e desleal, porém, quando se avalia apenas o Ideb estamos fazendo exatamente isso”, pondera.
Outra situação mencionada pelo professor é que a meta é específica para cada instituição e ela foi definida na primeira prova 15 anos atrás. Se uma turma em uma determinada escola alcançou resultados muito altos naquele ano, conseqüentemente a escola foi desafiada a atingir metas altas até o ano de 2021, o que pode parecer injusto. Se por outro lado, a primeira turma tirou notas muito baixas, as metas seguem baixas até o fim do período e daí as turmas subseqüentes teriam mais chances de cumprir as metas.
Ivan Lopes ainda reclama de outro fator que seria, na opinião dele, muito importante para a melhoria do Ideb: a divulgação das notas individuais. “Dessa forma a gente poderia motivar ainda mais os nossos alunos, premiar os melhores resultados e ajudar os que apresentaram maiores dificuldades”, concluiu.
COMO É CALCULADO O IDEB
(Redação do Tribuna do
Vale)
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