Na tarde da sexta-feira, 12, a Promotoria de
Justiça de Laranjal do Jari ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) cautelar com a
finalidade de garantir a continuidade do policiamento ostensivo pelo 11º
Batalhão da Polícia Militar, que atua no Vale do Jarí, frente à possibilidade
iminente de paralisação por falta de viatura e combustível.
Na última quarta-feira, 10, a Polícia Militar
do município pediu à Promotoria de Justiça um veículo “emprestado” para
promover a segurança em festejos religiosos na Comunidade Jarilândia.
Considerando um pedido inusitado, o MP-AP
realizou diligências no Batalhão, quando constatou que o 11º BPM contava com
apenas uma viatura para realizar o policiamento ostensivo em toda a cidade, que
possui 47 mil habitantes, 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Descobriu-se ainda que problemas no fornecimento de combustível poderiam causar
a iminente paralisação dessa única viatura disponível.
Observou o titular da Promotoria de Laranjal do
Jari, promotor de Justiça Rodrigo Assis, que “a precariedade do serviço de
segurança pública franqueado pelo Estado é notória, observando-se o
sucateamento dos automóveis, a ausência de adequado sistema de abastecimento
das mesmas, a enorme defasagem no quadro de pessoal, as carências estruturais
na sede do Batalhão, dentre outros problemas”.
Em inspeção realizada no 2º semestre de 2017, a
Promotoria de Justiça constatou que do quadro de 400 (quatrocentos) policiais
militares, encontravam-se 82 (oitenta e dois) lotados e apenas 50 (cinquenta)
em atividade operacional, no policiamento ostensivo, o que equivale a 12,5% do
efetivo necessário.
“A população de Laranjal do Jari vem sendo
vítima da elevação de crimes com violência, contra o patrimônio, e do tráfico
de entorpecentes, destacando-se o roubo de celulares em vias públicas, o
arrombamento de residências, bem como os trágicos latrocínios ocorridos na orla
da cidade”, asseverou o promotor de Justiça.
Por meio da ação civil pública, o Ministério
Público requereu a disponibilização de duas viaturas e a regularização do
abastecimento de combustível, no prazo de 24 horas, além do conserto de um
veículo que se encontra danificado.
Fonte: Gilvana Santos/Assessoria de Comunicação do Ministério Público
do Estado do Amapá