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Vítima| Adriano Muniz |
Equipe composta por três guardas municipais teria agredido até a morte
um homem de 23 anos suspeito de furto. Fato, segundo a polícia, foi presenciado
por várias testemunhas.
Dois integrantes da Guarda Civil Municipal de Laranjal do Jari, na
região Sul do Amapá, foram presos preventivamente nesta quarta-feira (9)
suspeitos de envolvimento na morte de um homem identificado como Adriano Muniz
de Albuquerque, de 23 anos, que foi abordado por uma equipe de três guardas
municipais na tarde de terça-feira (8).
Segundo o delegado da Polícia Civil, Felipe Rodrigues, que
instaurou inquérito para apurar o caso, a equipe teria abordado a vítima em via
pública no bairro do Agreste. Adriano teria sido acusado de furto (Art.155), entretanto os familiares negam tal afirmativa.
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Delegado Felipe Rodrigues | responsável pela apuração do caso |
Testemunhas
relataram que os guardas teriam agredido de forma violenta o suspeito no que
eles consideraram como uma ‘sessão de tortura’. O rosto de Adriano ficou
desfigurado. Após a ação, os guardas levaram o homem para o Hospital de
Laranjal do Jari onde ele já teria chegado sem vida.
“Saímos em diligência até o comando da Guarda Municipal que nos auxiliou
na localização dos três guardas envolvidos na ocorrência. Lavramos o auto de
prisão em flagrante por existir indícios de autoria contra os servidores
públicos, já que o fato foi presenciado por inúmeras testemunhas. No entanto, a
análise da materialidade do crime em questão em um primeiro momento leva a crer
que os suspeitos não tiveram a intenção de causar o resultado morte, porém, os
fatos ainda serão investigados minuciosamente para se esclarecer o caso”,
declarou por telefone ao Diário o delegado.
Fontes de dentro da GMs informaram à reportagem do Tribuna do Vale que os acusados haviam se apresentado à Depol espontaneamente.
Os três guardas municipais foram encaminhados para audiência de custódia
na Comarca de Laranjal do Jari. Dois deles tiveram a prisão em flagrante
convertida em preventiva e serão encaminhados para o Centro de Custódia. O
terceiro envolvido aguardará ao processo em liberdade.
Comandante da Guarda Civil Municipal emite nota pública sobre o caso:
Fontes: Diário do Amapá/Seles Nafes/Depol/GCMLJ