Professores estaduais e municipais de Laranjal do Jari na caminhada - Foto: Alristela Cruz |
Professores estaduais e municipais de Laranjal do Jari na caminhada - Foto: Alristela Cruz |
Professores estaduais e municipais de Laranjal do Jari na caminhada - Foto: Alristela Cruz |
Representantes do Sinsepeap e Sintracel - Foto: Ivan Lopes |
Representantes da CTB, Sintracomvaj e Movimento Negro - Foto: Alristela Cruz |
Professores das redes Estadual e Municipal de Laranjal
do Jari realizaram na tarde desta quarta-feira, 15, uma caminhada para
protestar contra a PEC 287/2016, que trata sobre a Reforma da Previdência. A
reforma proposta pelo presidente Michel Temer prejudica radicalmente os
direitos dos professores, pois retiram deles a aposentadoria especial por tempo
de serviço que é de 25 anos para as mulheres e de 30 anos para os homens.
Pelos cálculos de Michel Temer, a previdência
apresenta déficit, mas os sindicalistas e alguns estudiosos acreditam no
contrário. A questão é que o governo federal contabiliza apenas a contribuição
previdenciária, que no ano passado ficou em R$ 352,6 bilhões e os benefícios
pagos, que somaram R$ 436 bilhões, apontando para um suposto déficit, segundo
dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil
(Anfip). Ocorre que quando se contabiliza o total de contribuição por parte do
Estado, nota-se que a Previdência é superavitária desde 2007. Só no ano
passado, o superávit foi de R$ 11 bilhões, avalia a Anfip.
Outro ponto crucial é que nos cálculos do
presidente Michel Temer não é levado em consideração as dívidas monstruosas das
grandes empresas e bancos, ou seja, o presidente preferiu isentar os
milionários e fazer a cobrança de quem menos têm e que já paga uma alta
tributação. Na prática, os pobres que morrem antes dos 70 anos de idade não
terão direito de receberem o benefício.
Com a reforma da Previdência quem quiser se
aposentar precisará ter pelo menos 65 anos, tanto para homens quanto para
mulheres e 25 anos de recolhimento, porém, para receber 100% no benefício serão
necessários, na prática, 49 anos de recolhimento.
O movimento foi encabeçado pelo SINSEPEAP, que
é o sindicato da categoria e agendou manifestações em todo o Estado Amapaense.
De acordo com a presidente da executiva
municipal do Sinsepeap, Professora Nelma Jardim, o evento foi bastante
positivo, pois conseguiu contar com a participação de muitos profissionais da
educação. Nelma frisou que o sindicato não se resume apenas à sua diretoria, e
que tem se empenhado para resgatar a credibilidade da instituição. Ela também
agradeceu a participação e o apoio de outras instituições como SINTRACOMVAJ,
Sintracel, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, Movimento
Negro e outras.
Em assembleia geral, os professores da rede
municipal decidiram realizar a paralisação apenas no dia de hoje. Já os
profissionais da rede estadual, cuja assembleia é realizada na capital Macapá,
optaram por fazer quatro dias de paralisação e deverão retornar aos serviços
apenas na segunda-feira. Vale destacar
que os dias letivos serão repostos para que seja assegurada a carga horária
mínima aos estudantes conforme a lei.
(Ivan Lopes, da Redação do Tribuna do Vale)