quinta-feira, 30 de setembro de 2021

JOVEM QUE MATOU JORNALISTA ERANILDO CRUZ É INDICIADO POR LATROCÍNIO

  


O jovem Janilson Silva Duarte, que confessou ter matado o jornalista Eranildo Cruz com golpes de uma ferramenta conhecida como "pé-de-cabra", na noite de 6 de setembro, foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte). A Polícia Civil do distrito de Monte Dourado, em Almeirim, no Pará, finalizou e encaminhou o inquérito à Justiça.  


Uma semana depois do crime, o principal suspeito foi preso no município de Laranjal do Jari, no Amapá, com a motocicleta da vítima. Janilson teve a prisão em flagrante convertida em preventiva no dia 15 de setembro. Ele foi encaminhado para uma unidade prisional em Almeirim no mesmo dia.

Depois de realizada a prisão, o jovem confessou ter matado o jornalista Eranildo, mas alegou que foi pressionado por outras pessoas. Até então, a polícia seguia a linha de investigação como homicídio, o que não foi concretizado nos autos.

O jovem disse à polícia que estava com dívidas por causa do tráfico de drogas e que traficantes teriam cobrado os valores. Por não ter como pagar, Janilson contou que havia recebido a ordem para matar Eranildo e que tinha que apagar arquivos do computador e celulares da vítima para quitar a dívida. Janilson revelou ainda que desferiu dois golpes com o pé-de-cabra na cabeça da vítima e em seguida roubou os celulares e a motocicleta.

O indiciado teria ido à casa da namorada no dia 6 de setembro e falado que havia matado um homem. Em seguida, os dois foram para um sítio na motocicleta, onde Janilson descaracterizou o veículo.

Para o delegado Rodrigo Barbosa, que esteve à frente do inquérito, as informações não tiveram fundamento com o aprofundamento das investigações, que mostraram que Janilson agiu sozinho e sem a participação de terceiros, e que ele não teria deletado os arquivos dos eletroeletrônicos. Também ficou apurado que não há evidências de legítima defesa, já que na cena do crime não havia sinais de confronto corporal.


TV, com informações da PC de Monte Dourado e G1 PA. 






CORRIDAS DE MOTOTÁXI EM LARANJAL DO JARI VAI DE 4 AO VALOR MÁXIMO DE 7 REAIS NA BANDEIRA 1, INFORMA A CATEGORIA


Quando a tabela de preços do serviço de mototáxi de Laranjal do Jari foi corrigida pela última vez o litro da gasolina custava R$ 2,80, contra os quase R$ 6,00 atuais. Isso aconteceu 6 anos atrás, na gestão ex-prefeita Nazilda Fernandes. Se por um lado as condições de trabalho dos profissionais melhorou bastante com a pavimentação de parte das ruas laranjalenses, por outro, o aumento no preço do combustível e peças prejudicou significativamente os seus ganhos.

 

De acordo com os mototaxistas Elson Mendes e Gerson Lian, entrevistados no programa Notícias do Vale, da Web Rádio Tribuna do Vale, o valor mínimo da corrida foi alterado de R$ 3 para R$ 4, entretanto, os demais valores permanecem os mesmos. O valor mais alto em bandeira 1 permanece R$ 7. Uma corrida de percurso mais longo, como é o caso dos extremos entre os bairros Malvinas e Assentamento Nazaré Mineiro, custa R$ 7. Todas as corridas são acrescidas de R$ 1 na bandeira 2, a partir das 22 horas.

 

Os profissionais entrevistados revelaram preocupação com denúncias feitas contras colegas de trabalho, inclusive de casos em que passageiros reclamaram dos valores cobrados e até de ocorrências em que o mototaxista não devolveu o troco do cliente.

 

As denúncias aos representantes da categoria e o registro na Delegacia de Polícia Civil são imprescindíveis para que sejam tomadas as providências e os denunciados sejam expulsos da atividade. “Às vezes o que ocorre são mal entendidos e falta de comunicação, pois têm passageiros que se acostumam a pagar valores inferiores ao da tabela e quando é cobrado na totalidade passam a difamar toda a categoria de forma injusta”, detalhou Gerson.

 

Atualmente, Laranjal do Jari conta com 152 concessões de mototáxi, que trabalha em regime de revezamento, sendo metade (76) em dias pares e o restante nos dias ímpares.

 

Os profissionais da categoria destacam que é importante que o passageiro memorize o número gravado no veículo para posterior reclamação e que sempre verifiquem os valores e as condições do frete antes de fazer o trajeto. Além de os mototaxistas portarem a tabela de preços, os passageiros também podem fazer a aquisição de cópias na loja do Fernando.

 

Ivan Lopes, da Redação do TV.



 

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

PROJETO CASTANHAS DO BRASIL APOIADO PELA FUNDAÇÃO JARI RECEBE INVESTIMENTO

 


·        Construção do novo galpão reforçará o negócio que já é sucesso na região do Vale do Jari

·        Investimento auxiliará ainda mais o projeto que já promoveu o aumento da renda familiar dos extrativistas em oito vezes

·        Com o ingresso do programa REDD+, os ganhos têm sido ainda mais representativos

 

Um dos projetos de maior sucesso apoiado pela Fundação Jari, de coleta de castanhas-do-pará, acaba de receber investimentos de R$ 220 mil para construção de um ponto de apoio (barracão) para os extrativistas da região do Rio Paru, que auxiliará na expansão do negócio. O aporte financeiro chega em boa hora para sequência de ações de fortalecimento da organização e bem-estar social das comunidades que vivem da extração do produto na região do Vale do Jari, localizada entre o Amapá e o Pará. A nova construção, que contará com cozinha, banheiros, depósito e rampa de acesso, tem previsão de início das obras ainda este ano.

Desenvolvido pela Fundação Jarí e pela Biofílica, em parceria com outras instituições regionais, o projeto tem como objetivo prestar apoio estrutural aos extrativistas de castanha, visando o fortalecimento do trabalho e a geração de renda às famílias, além da conservação da floresta. Todo o trabalho tem como premissa incentivar o desenvolvimento regional sustentável, por meio das boas práticas de produção e de comercialização no contexto das cadeias produtivas. Assim, e como promoção das boas práticas nesse contexto, ocorre de maneira regular a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural.

 

Via de duas mãos

A coleta de castanhas-do-pará vem, ao longo dos anos, apresentando resultados substanciais, como o aumento da renda familiar, em até oito vezes, comparado com a realidade existente antes do início do projeto, em 2008.Como consequência, houve melhoria das condições de segurança alimentar das famílias, graças à redução das perdas e ao aumento da produtividade. Hoje, a qualidade do produto é imbatível em função da diversificação da produção por meio da introdução de outras atividades produtivas agroextrativistas complementares.

Sob o ponto de vista técnico, a democratização da informação sobre os mecanismos de acesso às políticas públicas de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural), de Crédito Rural, e de Comércio Justo e Solidário engrossaram a garantia de direitos na floresta. E com o ingresso do programa REDD+, um instrumento de integração de diversas políticas públicas relacionadas à proteção da vegetação nativa e de toda a biodiversidade que ela constitui e comporta, os ganhos têm sido ainda mais representativos.

Criado para formalizar o esforço brasileiro na prevenção e controle do desmatamento e da degradação florestal, na promoção da recuperação florestal e no fomento ao desenvolvimento sustentável, o programa REDD+ foi abraçado pela Fundação Jari. Em ação desde janeiro de 2011 no Amapá e julho de 2014 no Pará, vem auxiliando sobremaneira todos os projetos em andamento na região.

Para Jorge Rafael Almeida, coordenador da Fundação Jari, o investimento pontual reforça todo o trabalho de ponta que vem sendo realizado: “Esta é certamente mais uma etapa de um grande projeto e precisa ser bastante comemorada. Os resultados alcançados são muito significativos ao passo que refletem mudanças de hábitos arraigadas, como a quebra da dependência dos extrativistas à cultura tradicional do aviamento e do subemprego. Na medida em que vamos avançando, conseguimos que as famílias valorizem a “floresta em pé”, mantendo os estoques florestais. Hoje, elas são aliadas da sociedade na defesa da floresta contra o desmatamento ilegal e demais práticas predatórias. Uma via de duas mãos que concede como contrapartida empoderamento e aquisição da independência econômica, tornando o mercado local mais competitivo e justo, forçando a migração das relações comerciais para o campo da legalidade, da ética e da cidadania”, finaliza Almeida.

 

Sobre a Fundação Jari

A Fundação Jari é a empresa social do Grupo Jari que, junto a uma vasta rede de parceiros, desenvolve programas e projetos nas áreas de educação, saúde, garantia de direitos humanos, meio ambiente, cultura e geração de emprego e renda. Seguindo os princípios da intersetorialidade e da transversalidade, a Fundação Jari utiliza estratégias que buscam estimular o engajamento contínuo por parte dos setores público e privado da região do Vale do Jari, criando condições favoráveis para a melhoria do acesso da comunidade às políticas públicas existentes. Também fazem parte do escopo da fundação a reformulação e o aperfeiçoamento dessas políticas e a promoção de novas iniciativas de desenvolvimento local.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

CHEFE DA SVS PARTICIPA DE REUNIÕES EM LARANJAL E MONTE DOURADO E TRANQÜILIZA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO AO RISCO DA SÍNDROME DA URINA PRETA

Tambaqui | uma das espécies afetadas pela toxina Haff

 
Fiscalização na feirinha do peixe em Laranjal do Jari 

O superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, participou de reuniões com equipes locais da Vigilância Sanitária em Laranjal do Jari, no Sul do Amapá, e no Distrito de Monte Dourado, no Oeste do Pará, para discutir estratégias visando evitar que a população local seja vítima pela Síndrome de Haff, conhecida como urina preta, cujo transmissor são peixes como o tambaqui, pirapitinga, badejo, arabaiana ou crustáceos como lagosta, lagostim, camarão.

A Secretaria Municipal de Saúde  de Laranjal do Jari, através do Departamento de Vigilância em Saúde também tem realizado fiscalizações e orientações aos peixeiros da região sobre os cuidados que devem ter na aquisição, manuseio e conservação dos pescados.

Não há nenhum caso da doença no Amapá, e até agora não nenhuma razão para que a população deixe de consumir o pescado, pois a maioria do pescado consumido localmente vem dos municípios da Costa do Amapá e dos Estados do Maranhão e Mato Grosso, ou seja, de áreas onde não existe incidência da síndrome de Haff. Os casos suspeitos estão concentrados nos Estados do Amazonas, na Bahia, no Ceará e no Pará

Dorinaldo Malafaia | Chefe da SVS Amapá. 


Circulam nas redes sociais e internet vídeos que tentam causar o pânico na população com informações mentirosas.
“Há um vídeo que foi publicado há de mais de dez anos no qual mostra larvas dentro dos peixes, entretanto, é importante que se saiba que a Síndrome de Haff é uma toxina que pode ser causada por seres invisíveis como bactérias e fungos, e não por vermes ou larvas de outros seres”, explicou Malafaia.

Quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada, ele cria uma toxina sem cheiro e sem sabor. Ao ingerir o produto, mesmo cozido, a toxina provoca a destruição das fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro dessas fibras no sangue, ocasionando danos no sistema muscular e em órgãos como os rins.

O chefe da SVS informou que está sendo feito um levantamento sobre as origens do abastecimento do Amapá, mas já é de conhecimento de todos que os peixes como pirapitinga e tambaqui são trazidos em sua grande maioria do Maranhão e Mato Grosso.

Dorinaldo ainda enfatizou que a Sindrome de Haff foi descoberta em 1924 e que até hoje a literatura científica não tem uma certeza sobre a origem da doença. “É importante que os comerciantes façam a evisceração (retirada das vísceras) dos peixes e redobre os cuidados com o acondicionamento”. O fato é que a toxina só é produzida quando o peixe começa a se estragar.

Uma vez contaminada, ocorre na pessoa uma extrema rigidez muscular de forma repentina, dores musculares, dor torácica, dificuldade para respirar, dormência, perda de força em todo o corpo e urina cor de café, pois o rim tenta limpar as impurezas, o que causa uma lesão na musculatura. A doença causa muitas dores musculares, lembrando a dengue, porém sem febre. Os sintomas costumam aparecer entre 2 e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos.

Apesar de perigosa, a doença tem cura e a hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas, uma vez que assim é possível diminuir a concentração da toxina no sangue, o que favorece sua eliminação através da urina. Nos casos graves, pode ser necessário fazer hemodiálise.

Ao sentir dores musculares e apresentar urina escura após o consumo de peixes ou crustáceos, deve-se procurar imediatamente uma unidade de saúde.


Ivan Lopes, da Redação do Tribuna do Vale. 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

POLÍCIA CIVIL DESVENDA ASSASSINATO DO JORNALISTA ERANILDO CRUZ E PRENDE O PRINCIPAL ACUSADO NA CIDADE DE LARANJAL DO JARI





Depois de uma semana de diligências e investigações, a Polícia Civil de Monte Dourado sob o comando do delegado Rodrigo Oliveira, conseguiu identificar e prender o responsável pela morte do jornalista Eranildo Ribeiro da Cruz, 54 anos. As investigações seguem em curso e a polícia ainda não revelou a motivação para o crime.  O responsável pelo jornal impresso Tribuna Regional foi assassinado na noite do último dia 06/09 na casa onde morava no Distrito de Monte Dourado.

A prisão do acusado ocorreu na noite desta segunda-feira, 13, em Laranjal do Jari. O acusado tem 19 anos e confessou participação no crime dizendo que recebeu apoio de uma outra pessoa a qual já está sob investigação. Como as diligências foram feitas de forma contínua,  o acusado está sendo autuado em flagrante delito pelo crime de homicídio qualificado.

Assim que a polícia tomou conhecimento do caso, passou a analisar imagens  de câmeras de monitoramento, onde foi possível identificar a vítima com uma pessoa na garupa de sua moto. Alinhando  os horários de forma cronológica, os policiais conseguiram imagens do suspeito fazendo a travessia para a vizinha cidade de Laranjal do Jari, do lado amapaense, Com essas informações, a PC de Monte Dourado solicitou apoio da Polícia Civil do  Amapá Polícia Civil de Laranjal  e as diligências prosseguiram por sete dias de forma ininterrupta .

Nesta segunda, 13/09,  a Policia Civil de Laranjal do Jari teve informações que o suspeito havia sido visto com a motocicleta da vítima naquele município. De imediato os policiais de MTD foram para o local indicado e com apoio da policia amapaense conseguiram localizar a motocicleta da vítima estacionada em via publica já com a cor modificada, mas por um detalhe a moto foi reconhecida. Na sequência, foi montado  campana às proximidades de onde estava a moto  e após quatro horas de espera, já durante à noite,  o suspeito foi apanhá-la, momento em foi preso por policiais dos dois Estados.


Da Redação do Tribuna do Vale, com informações da PC de MTD. 




 

 

domingo, 12 de setembro de 2021

TRAGÉDIA: IGOR RAMON, FILHO DE EX-PREFEITA DE LARANJAL DO JARI É ASSASSINADO EM SANTANA

 

Dentista Igor Ramon | condutor do veículo, conforme PM. 

 

O jovem odontólogo Igor Ramon Cardoso Lobo, de 28 anos, filho da ex-prefeita de Laranjal do Jari, Euricelia Cardoso, foi alvejado pela polícia militar de Santana e morreu ainda no local na noite desta sexta, 10.

De acordo com informações preliminares, Igor dirigia um veículo suspeito de conter assaltantes e teria empreendido fuga após ser avistado pela polícia. No percurso ainda teria atropelado dois trabalhadores que estavam numa bicicleta. Ainda não se sabe se eles faleceram em razão do atropelamento ou se foram alvejados durante o confronto entre os ocupantes do carro e os policiais. Todos os oito policiais ouvidos pelo delegado afirmaram que efetuaram disparos durante a operação.

As vítimas da bicicleta foram identificadas como Helkison José da Silva do Rosário, 38 anos e Rafael Almeida Ferreira, 19 anos. Familiares das duas vítimas fatais, padrasto e enteado, alegam que eles teriam sobrevivido ao atropelamento, mas que teriam sido mortos pela polícia. Eles eram muito queridos, tinham acabado de fechar o comércio onde trabalhavam e estavam retornando para casa.

Helkison Rosário, 38 anos e Rafael Ferreira, 19 anos

Conforme o G1 Amapá, um segundo ocupante do veículo que foi baleado na ação teria um mandado de prisão em aberto. Ele passou por cirurgia no Hospital de Emergência de Macapá neste sábado, 11/09. No registro da PM consta que outros dois indivíduos empreenderam fuga a pé efetuando disparos contra as equipes policiais.

As informações preliminares são desencontradas. De acordo com o delegado Yuri Agra, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Santana, todas as informações são iniciais e precisarão ser devidamente apuradas.

As pessoas que conheciam o Igor Ramon são unânimes em afirmar que se tratava de uma pessoa muito tranquila, estudiosa, ordeira, preocupada com a família e de uma excelente índole, e que inclusive nunca teve qualquer participação em atos ilícitos.

 

CONTRADIÇÕES

 

De acordo com o registro feito pela Polícia Militar, uma pessoa que disse ser morador do bairro Acquaville avisou a equipe que havia um veículo HB20 de cor cinza com adesivo no vidro traseiro, com vários indivíduos em seu interior em atitude suspeita. 

Não houve naquele momento denúncia de assaltos e a polícia fazia um patrulhamento de rotina. Foi a partir daí que a PM iniciou as buscas, entretanto, após o desfecho se constatou que só havia duas pessoas no automóvel, mas segundo a polícia, outras duas tinham conseguido fugir.  

Tudo indica que essa foi uma ação desastrada dos policiais envolvidos, entretanto, é preciso apurar o caso minuciosamente para se chegar a uma conclusão. Até agora, a única certeza que a Polícia Civil tem é que as duas pessoas atropeladas não tinham nada a ver com o caso.


Da Redação do Tribuna do Vale 

Revisado às 07h15min de 12/09/2021.