A prisão ocorreu na Comunidade São Pedro, a 84 km do centro de
Laranjal do Jari, local onde as cinco crianças e adolescentes foram vítimas dos
abusos sexuais.
Nesta sexta-feira, 29, a Polícia Civil do Amapá, através da
Delegacia da Infância e Juventude de Laranjal do Jari (DIJLJ), realizou a
prisão de Joel Silva Lobato, de 44 anos de idade, acusado pela prática do crime
de estupro de vulnerável.
A prisão ocorreu no momento em que o
acusado estava colhendo castanhas no interior de uma floresta, localizada na
Comunidade São Pedro, a 84 km do centro de Laranjal do Jari, oriunda de
cumprimento de mandado de prisão preventiva.
O Delegado Danilo D’avila e os policiais
Diego Guedes e Ítalo Ferreira foram à comunidade e se passaram por turistas
visando chegarem ao acusado e realizarem a sua prisão com êxito, evitando
qualquer oportunidade de fuga.
Através de denúncia realizada por um
popular que mora na comunidade São Pedro, a Polícia Civil do Amapá tomou
conhecimento de que Joel teria abusado sexualmente, no mínimo, cinco crianças e
adolescentes, com idade entre 06 e 13 anos.
O Delegado informou que as investigações
duraram cerca de 15 dias, tendo representado pela prisão preventiva do acusado
junto ao Poder Judiciário, a qual foi deferida.
“A pessoa que fez a denúncia percebeu as
crianças conversando sobre os abusos e fez um vídeo informal delas falando como
o acusado agia. Trouxe a nós e começamos a investigação. As vítimas residem na
comunidade São Pedro e relataram que Joel as tocava nas partes íntimas e pedia
reciprocidade. Das cinco vítimas, três foram ouvidas na Delegacia; as outras
duas realizaram suas declarações através de vídeo, tendo em vista que a
comunidade é de difícil acesso”, disse o Delegado.
Os pais das vítimas não sabiam dos
abusos, apenas uma mãe que chegou a desconfiar. Como a comunidade é pequena, o
acusado ganhava a confiança dos pais e aproveitava-se do momento de
vulnerabilidade das vítimas quando ficava a sós com elas.
Em interrogatório, o acusado admitiu que
pudesse ter tocado nas partes íntimas das vítimas, mas que a sua atitude foi
apenas uma falta de cuidado.
Joel Silva não tem familiares no Estado
do Amapá, somente no Estado do Pará, de onde veio há 11 anos. Não tem passagem
pela polícia e na comunidade em que morava ninguém sabe do seu passado.
O acusado será encaminhado à Politec para
a realização de corpo delito. Posteriormente, será encaminhado ao Iapen, onde
ficará à disposição da justiça.
Fonte: Texto e fotos - Assessoria de Comunicação da Polícia Civil/AP.