terça-feira, 4 de junho de 2019

COMITIVA DE VEREADORES LARANJALENSES VAI À BRASÍLIA PLEITEAR R$ 40 MILHÕES PARA OBRAS ESTRUTURANTES NO MUNICÍPIO





Criar leis e apresentar requerimentos que demandam custos para o município sem que existam recursos financeiros para as suas execuções é uma ação improdutiva.  Partindo desta premissa, os vereadores de Laranjal do Jari foram à Brasília nos dias 14 a 17/05 para cumprir uma extensa agenda com parlamentares amapaenses e outras autoridades em busca de parcerias e recursos para o município. Juntos, eles pleitearam R$ 40 milhões de emenda de bancada para a realização de obras estruturantes.

As emendas de bancadas são aquelas de autorias coletivas estaduais ou regionais. Os recursos a que tem direito a bancada do Amapá giram em torno de R$ 300 a 400 milhões anuais e os parlamentares laranjalenses, a exemplo do que já fazem os representantes de Macapá, Santana e Mazagão, foram à Brasília reivindicar uma fatia para o terceiro maior município em população e em número de eleitores.  Obras de grande envergadura como o Hospital Universitário e o Aeroporto de Macapá contam com investimentos desse tipo de recursos. 

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Laranjal do Jari, Walcimar Fonseca, a missão institucional da Câmara Municipal em ir à Câmara Federal ao Senado Federal atendeu a um convite inicial do gabinete do deputado federal Vinícius Gurgel (PR) para fazer uma agenda extensiva em busca de recursos e de informações mais precisas sobre a situação da Jari Celulose e da pavimentação da BR 156. “Levamos uma pauta prioritária para Laranjal do Jari participar da emenda de bancada, além dos pedidos dos vereadores de emendas individuais de cada deputado que está em torno de 15 milhões, sendo que 50% deve ser gasto em saúde e educação”, destacou.

Walcimar comemorou a sinalização positiva da bancada federal amapaense e disse que não se pode prejudicar o município cometendo erros por conta de vaidades pessoais, partidárias ou ideológicas, como já ocorreu no passado no caso da ponte sobre o Rio Jari. “Se o município não tiver capacidade de executar as obras, elas serão repassadas ao Estado ou para o governo federal, como é o caso do DNIT. O importante é que o município seja contemplado com as obras”, frisou.

Sobre a situação do projeto de pavimentação do Lote 1 da BR 156 (trecho que se inicia em Laranjal do Jari no sentido Macapá) e que estaria sob a responsabilidade do Exército Brasileiro, o presidente da CMLJ revelou que a comitiva recebeu um banho água gelada, pois o mesmo se encontra ainda no primeiro estágio. “Eles precisam de recursos para fazer o projeto licitatório para a contratação da empresa responsável pelo projeto da obra”, lamentou.  Diante dessa situação, nossa prioridade retornou para a urbanização de Laranjal do Jari através da construção de passarelas de concreto, pavimentação de ruas e outras obras estruturantes”, informou.  

A comitiva parlamentar laranjalense também se reuniu com representantes do BNDES, desta feita, o objetivo era de buscar informações sobre os valores que foram emprestados à Jari Celulose, quais as garantias e medidas compensatórias. O BNDES ficou de dar respostas oficiais aos questionamentos dos vereadores. “O que se especula é que a empresa só tenha interesse na extração de madeira, deixando as suas atividades fabris em segundo lugar”, disse.

Questionado sobre as despesas da comitiva, o presidente da casa informou que as passagens foram custeadas pela CMLJ e que em Brasília recebeu o apoio logístico de parlamentares amapaenses o deputado Vinícius Gurgel e o Senador Lucas Barreto. Ele informou ainda que os vereadores deverão refazer a peregrinação em outubro para chancelar as reivindicações. “Não há prazos específicos e não tem problema se os investimentos forem feitos quando não estivermos mais no mandato, pois o importante é que o município receba os recursos”, concluiu.

Oito dos nove vereadores participaram da comitiva: Walcimar Fonseca, Edvaldo Pena, Seu Cláudio, Edmilson Berimbal, Bacural, Vera da Farmácia, Ruy Pinto e Marcelo Padilha. 

Da Redação do Tribuna do Vale. 



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