domingo, 9 de agosto de 2015

PROFESSORES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL APROVAM PARALISAÇÃO PARA OS DIAS 20 E 21 DE AGOSTO


Professores em Assembleia Geral na Quadra da Escola Alexandre Vaz Tavares, em Macapá - Foto: Portal Marco Zero notícias

Avaliando que o governo Waldez só vai atender as reivindicações da categoria se for pressionado, os professores da rede pública estadual, reunidos em assembleia geral neste sábado, 7, na quadra da Escola Alexandre Vaz Tavares, aprovaram uma paralisação para os dias 20 e 21 de agosto e, logo em seguida, outra assembleia geral no dia 22.


A assembleia teve um número de participantes aquém de outras reuniões. No final, menos de cem pessoas permaneciam no local. O principal ponto debatido foi a possível perda salarial dos professores promovidos de classes, com fundamento jurídico na Lei nº 0949, que, tudo indica, será considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

Mesmo não passando segurança jurídica, o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) orientou aos professores que estão pleiteando promoções a continuarem com os seus processos. Justificou que nada ainda estaria resolvido.

Diferente de outras ocasiões, onde o discurso político prevalecia sobre o técnico, as lideranças buscavam soluções jurídicas e administrativas para o problema da possível perda salarial. Estranhamente, não apontavam o responsável pelo imbróglio no qual estão metidos, como era de praxe até o ano passado.

A Lei nº 0949 foi criada pelo governo Waldez em fevereiro de 2005, mesmo sabendo que era incompatível com a Constituição Federal. Teria sido uma jogada política para garantir a sua reeleição e, ao mesmo tempo, colar a pecha de ter rasgado o Estatuto do Magistério – como ficou conhecida a referida lei -, no seu principal adversário político na época, o hoje senador João Capiberibe (PSB/AP).

Durante seu pronunciamento, o presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo, disse que essa foi a pior campanha salarial da qual ele participou nesses quatro anos à frente da entidade. Aroldo fez ferrenha campanha contra a reeleição do ex-governador Camilo Capiberibe (PSB), a quem acusava de perseguidor, e foi visto em reuniões, no período eleitoral, com o atual governador Waldez Góes (PDT), que, agora, rasga a própria lei, jogando os professores ao vento.

(Matéria e foto do Portal Marco Zero: http://mzportal.com.br/?p=9365 )

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