Professores em Assembleia Geral na Quadra da Escola Alexandre Vaz Tavares, em Macapá - Foto: Portal Marco Zero notícias |
Avaliando que o
governo Waldez só vai atender as reivindicações da categoria se for
pressionado, os professores da rede pública estadual, reunidos em assembleia
geral neste sábado, 7, na quadra da Escola Alexandre Vaz Tavares, aprovaram uma
paralisação para os dias 20 e 21 de agosto e, logo em seguida, outra assembleia
geral no dia 22.
A assembleia teve um número de participantes aquém de outras
reuniões. No final, menos de cem pessoas permaneciam no local. O principal
ponto debatido foi a possível perda salarial dos professores promovidos de
classes, com fundamento jurídico na Lei nº 0949, que, tudo indica, será
considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
Mesmo não passando segurança jurídica, o Sindicato dos
Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) orientou aos professores
que estão pleiteando promoções a continuarem com os seus processos. Justificou
que nada ainda estaria resolvido.
Diferente de outras ocasiões, onde o discurso político
prevalecia sobre o técnico, as lideranças buscavam soluções jurídicas e
administrativas para o problema da possível perda salarial. Estranhamente, não
apontavam o responsável pelo imbróglio no qual estão metidos, como era de praxe
até o ano passado.
A Lei nº 0949 foi criada pelo governo Waldez em fevereiro de
2005, mesmo sabendo que era incompatível com a Constituição Federal. Teria sido
uma jogada política para garantir a sua reeleição e, ao mesmo tempo, colar a
pecha de ter rasgado o Estatuto do Magistério – como ficou conhecida a referida
lei -, no seu principal adversário político na época, o hoje senador João
Capiberibe (PSB/AP).
Durante seu pronunciamento, o presidente do Sinsepeap,
Aroldo Rabelo, disse que essa foi a pior campanha salarial da qual ele
participou nesses quatro anos à frente da entidade. Aroldo fez ferrenha
campanha contra a reeleição do ex-governador Camilo Capiberibe (PSB), a quem
acusava de perseguidor, e foi visto em reuniões, no período eleitoral, com o
atual governador Waldez Góes (PDT), que, agora, rasga a própria lei, jogando os
professores ao vento.
(Matéria e foto do Portal Marco Zero: http://mzportal.com.br/?p=9365 )
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