sexta-feira, 15 de julho de 2016

MP PEDE INELEGIBILIDADE DA PREFEITA NAZILDA FERNANDES POR 240 CONTRATAÇÕES IRREGULARES


Prefeita Nazilda Fernandes

Ministério Público alega que contratos foram assinados após prazo previsto pela lei eleitoral. A prefeita Nazilda Fernandes, de Laranjal do Jari, disse que não sabia da documentação e que não assinou nenhum dos contratos, razão pela qual está tranquila.


A prefeita Nazilda Fernandes (PMDB) é alvo de uma representação do Ministério Público Eleitoral do Amapá que pede a inelegibilidade dela, que está no cargo desde dezembro de 2015. O MP aponta que a gestora teria realizado 240 contratações de servidores após o prazo legal para o ano eleitoral, que é 2 de julho. Ao participar do programa matinal Laranjal Notícias nesta semana, a gestora disse que não sabia da documentação e que de acordo com a sua assessoria jurídica, não haverá problemas porque ela não assinou os contratos. 


Segundo o MP eleitoral, a investigação sobre as admissões na Secretaria Municipal de Educação aconteceram após reclamações de servidores. Em averiguação no órgão, o promotor Rodrigo César flagrou pelo menos cem dos contratados assinando contrato na sede da prefeitura em 6 de julho de 2016, quatro dias após o permitido pela legislação eleitoral. Ainda de acordo com o promotor, alguns servidores foram desligados da prefeitura para dar espaço aos novos contratados, que apesar de assinarem em 6 de julho, constavam como admitidos em datas anteriores, uma forma de burlar a fiscalização, segundo o Ministério.


O promotor do caso também reforça que todos os cargos na secretaria foram colocados sem a realização de concurso público, e que essa prerrogativa estava prevista em um Projeto de Lei, que também será investigado. O MP pede a suspensão das contratações e ao final a inelegibilidade de Nazilda Fernandes. A gestora municipal assumiu a Prefeitura de Laranjal em dezembro do ano passado após decisão do TSE. 


Em entrevista no Laranjal Notícias, Nazilda Fernandes disse que era consciente de que as perseguições iriam ocorrer no período pré-eleitoral e que a grande parte dos seus adversários, incluindo alguns vereadores, não fiscalizaram as ações dos seus antecessores e somente agora estão fazendo isso com a única finalidade de prejudicá-la.

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