A água que o consumidor amapaense está pagando e tomando
como se fosse mineral pode ser de outra origem menos nobre, tal como de um poço
artesiano qualquer! Isto porque a água mineral que é vendida no Amapá não tem regulamentação
na sua distribuição e nem fiscalização adequada que comprove a qualidade do
produto. As suspeitas deste tipo de
fraude não é de agora, mas nesta semana a discussão foi reacendida depois que a
Policia Militar recebeu uma denúncia anônima de que um homem estaria vendendo
água retirada de poço e vendendo como se fosse água mineral. O homem foi
conduzido ao Ciosp do Pacoval e após uma perícia nos garrafões ele foi liberado,
embora tenham sido encontrados com ele lacres e tampinhas de garrafões.
Esse mercado é acompanhado pela
Unidade de Vigilância em Produtos para o Consumo Humano da Vigilância
Sanitária, órgão subordinado à Secretaria de Saúde do Estado. A denúncia de que
um comerciante vendia água de poço como se fosse mineral em Macapá acelerou o
processo que busca a criação de regras de comercialização.
O Estado do Amapá não possui uma
lei própria que regulamente a distribuição da água que é vendida pelas fábricas
e consórcios de água mineral. Hoje, qualquer pessoa que queira distribuir a
água que é envasada por três fabricas devidamente cadastradas no estado, não
tem a obrigação de ter uma empresa formalizada, é o que afirma a Vigilância
Sanitária.
O que se vê pelas ruas da cidade
são carros com as carrocerias cheias de garrafões de água circulando
livremente, distribuindo os produtos para mercantis e supermercados da capital
e até mesmo para o consumidor final.
“Aqui no
Amapá é essa promiscuidade de que qualquer pessoa pode ir na fábrica e comprar
a água. As fábricas dizem que têm esse controle de pessoas que vão comprar a
água lá, mas nós vamos desenvolver alguns mecanismos para classificar quem é
que pode comprar e comercializar e como vai comercializar. Se tem caminhão
próprio, se é regularizada e se passou pela inspeção da Vigilância Sanitária”,
adiantou o coordenador da unidade, Ivan Ramos.
Segundo ele, o caso que aconteceu
nessa semana, onde um homem estaria, supostamente, comercializando água mineral
falsa, é muito comum em outros estados, e no Amapá existem várias denúncias.
“Nós já estamos com um esboço de
uma norma para complementar a da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Hoje
eu fiz contato com proprietários das indústrias de água daqui do estado, para
que na semana que vem possamos elaborar alguns mecanismo no controle dessas
vendas”, explicou o coordenador.
Ele disse que dentro dessa
regulamentação serão observadas algumas normas referentes ao controle de
qualidade, armazenamento na distribuidora, controle no transporte e controle de
qualidade até o destino final da água.
O CASO DA ÁGUA FALSA
Na quinta-feira, 18, a Policia Militar recebeu uma denúncia
anônima de que um homem estaria vendendo água retirada de poço e vendendo como
se fosse água mineral. O homem foi conduzido ao Ciosp do Pacoval e após uma
perícia nos garrafões ele foi liberado. Foram apreendidos com ele lacres e
tampinhas de garrafões.
Em uma publicação na sua página do Facebook, o acusado diz
que é inocente e que as acusações contra ele não tem fundamento. O caso
continua sendo investigado pela Polícia Civil que aguarda laudo da Polícia
Técnica.
(Texto: Ivan Lopes/Seles Nafes)
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