domingo, 24 de janeiro de 2016

SEM AJUDA FINANCEIRA DO GOVERNO DO ESTADO, PREFEITURA DE LARANJAL DO JARI NÃO REALIZARÁ CARNAVAL EM 2016



         
Foto - Arquivo Tribuna do Vale: Carnaval de 2015 - 1ª noite - Foto de Alristela Cruz
 
A Secretária Municipal de Cultura de Laranjal do Jari, Simone Matos, anunciou nesta semana que a Prefeitura Municipal laranjalense não realizará o carnaval neste ano. A desistência de realizar a tradicional festa ocorreu em razão do município não ter conseguido viabilizar recursos junto ao Governo do Estado do Amapá. A decisão do governo municipal é coerente com a situação econômica vivenciada pelos Estados e municípios brasileiros. O Governador Waldez Góes já havia feito o anúncio no fim do ano passado da indisponibilidade financeira para investimento no orçamento das escolas de samba e restante da programação carnavalesca.

         De acordo com Simone Mattos, deixar de realizar o evento carnavalesco não representa uma perda somente para os foliões, mas sobretudo, para os artistas locais e os vendedores ambulantes. “A prefeita Nazilda buscou parceiros em Macapá, mas o carnaval é um evento caríssimo e não podemos colocar venda nos olhos num momento econômico dificílimo para o município e fazer festa enquanto a população clama por outras ações governamentais”, disse. 

Simone Mattos, que também é cantora profissional, revelou a decepção por não conseguir realizar a festividade. “Ficamos tristes, como secretária e como artista, pois sabemos que os artistas locais necessitam da realização desses eventos como fonte de renda”, afirmou. 

         A Secretária de Cultura disse ainda que está trabalhando para a criação do CNPJ da Cultura para que não continue na dependência exclusiva dos recursos da Prefeitura e do Governo do Estado do Amapá. 

         Na semana passada o vizinho município de Almeirim, no Pará, também anunciou que não fará a festividade em 2016. A desistência em realizar a maior festa tradicional do país é reflexo da pior situação financeira vivida pelo país nos últimos quase 30 anos. Aumentou o desemprego, a inflação e a recessão econômica têm prejudicado os investimentos em todos os setores públicos e privados. 

(Ivan Lopes, Tribuna do Vale)

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