- Segundo relatos oficiais e jornalísticos a embarcação zarpou do Porto de Santana com mais de 600 pessoas, e uma tonelada de carga comercial, como engradados de bebidas.
- A maioria das pessoas retornavam ao seus postos de trabalho na Jari Celulose após os festejos de final de ano, e essa viagem foi bastante disputada entre as pessoas porque não havia mais opções na época, as pessoas se arriscaram nessa viagem por medo de perder a reapresentação ao trabalho.
- Segundo o despachante Oswaldo Nazaré, a lista de passageiros foi deixada em sua mesa sem seu conhecimento, e nela constavam apenas 150 passageiros.
- Segundo sobreviventes, no momento em que o barco tombou quem estava no comando era um garoto inexperiente que ajudava nas viagens, Manoel Alvanir (comandante) nega esse fato.
- João Capiberibe autor do livro “Morte nas Águas” acusou o Governador Annibal Barcellos de omissão e de ter desviado o recurso (Cr$ 25 milhões) enviado pelo Governo Federal para o auxílio e indenização das vítimas.
- Devido a falta de preparo e a falta de informação da real proporção da tragédia, os corpos demoraram a ser removidos, chegando ao Porto de Santana em total estado de decomposição somente três dias depois do naufrágio.
- As vítimas foram enterradas em uma vala coletiva às pressas devido ao grande odor que os corpos em avançado estado de decomposição apresentavam.
- A investigação concluiu que o único “culpado” pela tragédia foi o contramestre Manoel Alvanir, condenado a pagar uma multa de pouco mais de 30 mil cruzeiros.
- Um inquérito civil nunca foi instaurado, portanto a culpa da Capitania dos Portos, Jarí Florestal, Governo do Território, proprietários da embarcação, entre outros nunca foram questionadas.
- Alexandre Góes, um dos proprietários da embarcação morreu dentro do seu camarote no naufrágio, segundo sobreviventes o empresário adentrou seu camarote para contar o dinheiro da renda da viagem que seria muito lucrativa.
- Em 1981 as escolas de samba entraram em consenso e não houve desfile de Carnaval devido ao clima de luto que envolvia o território.
- Segundo a revista “Veja”, a embarcação “Novo Amapá” foi recuperada e continua navegando nos rios da Amazônia, atualmente com o nome de “Santo Agostinho”, fazendo o trajeto Belém-Santarém com lotação máxima de 100 pessoas.
(fonte: matérias jornalísticas, livros e produções acadêmicas/Fotografias: Zé Duarte e recortes de jornais)
Marc
Nenhum comentário:
Postar um comentário