quarta-feira, 15 de março de 2017

PROFESSORES DE LARANJAL FAZEM MANIFESTAÇÃO CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Professores estaduais e municipais de Laranjal do Jari na caminhada - Foto: Alristela Cruz 

Professores estaduais e municipais de Laranjal do Jari na caminhada - Foto: Alristela Cruz

Professores estaduais e municipais de Laranjal do Jari na caminhada - Foto: Alristela Cruz

Representantes do Sinsepeap e Sintracel - Foto: Ivan Lopes

Representantes da CTB, Sintracomvaj e Movimento Negro - Foto: Alristela Cruz

Professores das redes Estadual e Municipal de Laranjal do Jari realizaram na tarde desta quarta-feira, 15, uma caminhada para protestar contra a PEC 287/2016, que trata sobre a Reforma da Previdência. A reforma proposta pelo presidente Michel Temer prejudica radicalmente os direitos dos professores, pois retiram deles a aposentadoria especial por tempo de serviço que é de 25 anos para as mulheres e de 30 anos para os homens.

Pelos cálculos de Michel Temer, a previdência apresenta déficit, mas os sindicalistas e alguns estudiosos acreditam no contrário. A questão é que o governo federal contabiliza apenas a contribuição previdenciária, que no ano passado ficou em R$ 352,6 bilhões e os benefícios pagos, que somaram R$ 436 bilhões, apontando para um suposto déficit, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip). Ocorre que quando se contabiliza o total de contribuição por parte do Estado, nota-se que a Previdência é superavitária desde 2007. Só no ano passado, o superávit foi de R$ 11 bilhões, avalia a Anfip.

Outro ponto crucial é que nos cálculos do presidente Michel Temer não é levado em consideração as dívidas monstruosas das grandes empresas e bancos, ou seja, o presidente preferiu isentar os milionários e fazer a cobrança de quem menos têm e que já paga uma alta tributação. Na prática, os pobres que morrem antes dos 70 anos de idade não terão direito de receberem o benefício.

Com a reforma da Previdência quem quiser se aposentar precisará ter pelo menos 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres e 25 anos de recolhimento, porém, para receber 100% no benefício serão necessários, na prática, 49 anos de recolhimento.
O movimento foi encabeçado pelo SINSEPEAP, que é o sindicato da categoria e agendou manifestações em todo o Estado Amapaense.

De acordo com a presidente da executiva municipal do Sinsepeap, Professora Nelma Jardim, o evento foi bastante positivo, pois conseguiu contar com a participação de muitos profissionais da educação. Nelma frisou que o sindicato não se resume apenas à sua diretoria, e que tem se empenhado para resgatar a credibilidade da instituição. Ela também agradeceu a participação e o apoio de outras instituições como SINTRACOMVAJ, Sintracel, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, Movimento Negro e outras.

Em assembleia geral, os professores da rede municipal decidiram realizar a paralisação apenas no dia de hoje. Já os profissionais da rede estadual, cuja assembleia é realizada na capital Macapá, optaram por fazer quatro dias de paralisação e deverão retornar aos serviços apenas na segunda-feira.  Vale destacar que os dias letivos serão repostos para que seja assegurada a carga horária mínima aos estudantes conforme a lei. 

(Ivan Lopes, da Redação do Tribuna do Vale)

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