sábado, 17 de junho de 2017

REPRESENTANTES DA PREFEITURA DE LARANJAL E SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS RETOMAM DIÁLOGO SOBRE DATA-BASE, MAS REAJUSTE AINDA É INCÓGNITA

Assembleia geral realizada na sede do Sindicato dos Servidores Públicos de Laranjal

Representantes do sindicato e da PMLJ apresentam valores divergentes, mas reconhecem a disposição das partes para o diálogo e a negociação. 

Marcelo Souza, Beta Moreira, Cavalcante, Dr. José Neto e Cleineide Batista 

          Funcionários municipais participaram da Assembleia Geral realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Laranjal do Jari – SISPUMLAJ, às 18h desta sexta, 16. O evento ocorreu na sede do sindicato e contou com a participação do Procurador do Municipio, Dr. José Neto, da Secretária de Administração e Planejamento, Professora Cleineide Batista, da Secretária Municipal de Educação, Beta Moreira e de Marcelo Lima de Souza, Coordenador de Recursos Humanos.

         Na pauta da reunião constava o reajuste salarial linear para todos os servidores públicos da Prefeitura em respeito a data-base. Segundo o presidente do sindicato dos servidores municipais, Raimundo das Neves Cavalcante Costa, a defasagem salarial ultrapassa os 9%. A proposta do sindicato é que o reajuste seja de 12%, entretanto, a análise contábil apresentada pelos representantes da Prefeitura refuta a possibilidade de qualquer aumento no pagamento de pessoal já que existe um déficit de mais de R$ 6 milhões somente nestes primeiros meses do ano que seriam em decorrência de contas deixadas por gestões anteriores.

         De acordo com Procurador do Município, Dr. José Neto, o município terá que encerrar todos os contratos até o fim deste mês por determinação judicial sob pena de pagar uma pesada multa diária. Os valores com os contratos administrativos ultrapassam R$ 400 mil mensais, entretanto, eles são inevitáveis em algumas áreas como é o caso da limpeza urbana e de professores.

         Beta Moreira, Secretária Municipal de Educação, ressaltou que a expectativa é que o encerramento automático dos contratos administrativos no fim de junho provoque um superávit que possa ajudar no pagamento de 1/3 de férias dos servidores. O referido pagamento deverá ocorrer até o dia 30 de julho.  Ela adiantou ainda que os pedagogos, agentes administrativos, merendeiras e serventes deverão cumprir suas cargas horárias nos postos de trabalho, com exceção apenas dos professores, os quais devem cumprir 60% em sala de aula e realizar as demais atividades extras onde preferir, sendo que a SEMED estará melhorando os ambientes escolares para que os professores façam os seus planejamentos e as demais atividades pedagógicas neles. “Não há dúvida nenhuma de que os professores realmente levam trabalhos para serem feitos em suas casas”, pontuou.

         A Secretária Municipal de Administração e Planejamento, Cleineide Batista, disse que assumiu o compromisso de colocar no ar o Portal da Transparência e disponibilizar o contracheque dos servidores até o dia 30 de cada mês. “Não podemos deixar de perceber a preocupação do atual gestor em manter o pagamento do funcionalismo em dia, apesar das dificuldades. Não podemos fazer distinção entre servidores públicos, sejam contratados, efetivos ou comissionados, todos eles trabalham pelo município e precisam ter um tratamento igualitário”, destacou.

         Embora os números sejam desfavoráveis ao reajuste, a Secretária Cleineide disse que o prefeito Márcio Serrão reconhece os direitos dos servidores e aventou a possibilidade de conceder um reajuste inicial de 3% e fazer um escalonamento do restante conforme os ajustes financeiros estão sendo feitos pela PMLJ. “É impossível pensarmos num reajuste salarial antes de agosto, assim como será inviável concedermos aumentos que ultrapassem os 6%, pois isto significa um déficit de quase meio milhão na folha de pagamento”, avaliou.

         Os dados levantados pelo SISPUMLAJ e PMLJ foram divergentes. O sindicato enfatizou o aumento nas arrecadações municipais e os representantes da Prefeitura destacaram o montante de dívidas que o atual gestor vem sendo obrigado a quitar por determinações judiciais. O presidente do Sispumlaj disse que as planilhas serão confrontadas e no próximo dia 23/06 haverá uma nova rodada de negociação.


         Cavalcante lembrou que conseguiu negociar com a PMLJ a dívida R$ 373 mil. Este valor é referente aos anos de 2014 a 2016, pois os gestores descontavam os vales nos contracheques e não repassavam ao sindicato para ele pudesse honrar com os empresários locais. O montante foi dividido em 13 parcelas, sendo que as quatro primeiras serão de R$ 20 mil. “Este valor será rateado entre os empresários que apresentarem os comprovantes das dívidas”, informou. 

(Ivan Lopes, da Redação do Tribuna do Vale)

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