quinta-feira, 21 de outubro de 2021

SECRETÁRIO DE SAÚDE SE REÚNE COM EQUIPE DE PROFISSIONAIS DA ESCOLA ZÉLIA CONCEIÇÃO APÓS DETECÇÃO DE ALUNOS COM COVID-19

 

Reunião na Escola Zélia Conceição com profissionais de saúde e educação

O Secretário Municipal de Saúde, Marcel Jandson Menezes, juntamente com a equipe de profissionais da área de epidemiologia participaram de uma reunião com os profissionais da Escola Municipal Zélia Conceição nesta quinta-feira, 21. O encontro ocorreu um dia após o estabelecimento suspender as aulas presencias em razão da confirmação de alunos diagnosticados com a Covid-19.

Teddy Menezes e sua equipe explicaram como funcionam os principais tipos de testagem de Covid-19 e informaram que as pessoas que tomaram vacina testarão positivo no exame de PCR. 

A suspensão das atividades presenciais estão previstas nos protocolos de biossegurança para o retorno das aulas, documento pelo qual a direção da escola se fundamentou para tomar a decisão. Teddy Menezes, como é conhecido, parabenizou a direção escolar e toda equipe por terem cumprido fielmente o regulamento.

Este não foi o primeiro caso de estudante testado positivo com Covid-19, entretanto, a situação da Zélia Conceição ganhou maior repercussão devido a paralisação prevista nos protocolos. Localizada no bairro Nova Esperança, a Escola Zélia Conceição suspendeu as aulas presenciais nesta quarta-feira, 20, pelo período de 14 dias corridos. A retomada poderá ocorrer antes do cumprimento deste prazo, desde que os protocolos sejam alterados.

A decisão ocorreu após a informação de que pelo menos três estudantes testaram positivo para a Covid-19. Em princípio, os alunos contraíram o vírus fora do ambiente escolar, conforme relato dos próprios familiares. De acordo com os protocolos, bastava um aluno testar positivo para que todas as aulas presenciais fossem suspensas.

Embora os professores, equipe gestora e pais de alunos tenham concordado em obedecer os protocolos de biossegurança, grande parte deles questiona o fato de o município permitir a realização de eventos com aglomerações e outros descumprimentos aos cuidados antes exigidos. Se por um lado os profissionais da educação se preocupam com a saúde dos alunos e por isso se cumpriu rigorosamente os protocolos, por outro também há um consenso de que as aulas remotas não têm o mesmo aproveitamento das presenciais. Também há pais que criticam o fato de que somente as escolas estariam adotando os protocolos, enquanto que fora do ambiente escolar as crianças ficam expostas a maiores riscos.

No encontro, o Secretário de Saúde admitiu que os protocolos que regem o funcionamento das aulas pós-covid precisam ser atualizados em conjunto com a Secretaria de Educação e que devem atender a nova realidade do município. Quando o documento foi elaborado, a situação era totalmente diferente. Hoje não temos mais casos graves de pacientes com Covid-19, todos os servidores foram vacinados e não temos mais registros de óbitos faz alguns meses, explicou o Secretário Teddy Menezes.

Mesmo durante o pico da pandemia, Laranjal do Jari não teve nenhum óbito de criança e adolescente com Covid-19. A maioria das crianças costuma ser assintomática ou apresentar sintomas leves, afirma Werther Brunow de Carvalho, professor titular de Terapia Intensiva e Neonatologia do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Levando-se em conta as evidências científicas de que a maioria das crianças não é acometida pela forma grave da Covid-19 e os números baixos de internações e mortes nessa faixa etária quando comparados à população em geral, alguns especialistas argumentam que os prejuízos causados pela suspensão das aulas presenciais não se justificam.

Mais de 5 milhões de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos ficaram sem acesso à educação no Brasil em 2020 devido à Covid-19 – no ano anterior, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontaram que esse número era de 1,1 milhão.

Para Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil, o país corre o risco de regredir mais de duas décadas no acesso à educação de meninas e meninos devido à medida.  O médico infectologista Marco Aurélio Sáfadi tem a mesma opinião.O fechamento das escolas causa diversos impactos no desenvolvimento das crianças, desde o atraso na aprendizagem, até problemas na nutrição, na saúde mental, na socialização e na proteção contra a violência, afirma.

Para o profissional, a reabertura deve ser feita o quanto antes – desde que sejam garantidas as condições sanitárias para a segurança das crianças, dos professores e da comunidade, como indica um estudo realizado nos EUA e publicado na revista científica Science.

Os professores da Escola Zélia Conceição manifestaram a preocupação com os prejuízos das aulas à distância e o desejo de trabalharem presencialmente, entretanto, também demonstraram a necessidade de estarem amparados pelas normatizações.

É importante destacar que mesmo depois de vacinadas, as pessoas correm o risco de contrair o vírus. Por essa razão, é importante manter os protocolos contra a Covid-19, fazendo o uso da máscara, higienização das mãos e mantendo o distanciamento social.


Da Redação do TV



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