quarta-feira, 11 de maio de 2016

PREFEITO BOTELHO E EX-PREFEITO GANDOR, DE ALMEIRIM, SÃO SUSPEITOS DE DESVIAR QUASE R$ 7,8 MILHÕES


Atual prefeito José Botelho

Ex-prefeito de Almeirim, Gandor Hage.

Segundo MPF, eles são suspeitos de fazer saques das contas da Prefeitura.
Se condenados, poderão cumprir pena de até 12 anos de reclusão.


O prefeito e o ex-prefeito da cidade de Almeirim, no oeste do Pará, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), suspeitos de liderar um esquema fraudulento e desviar cerca de R$ 7,8 milhões de reais provenientes de verbas do Governo Federal, por meio de saques em espécie sem a efetiva contraprestação em serviços ou produtos, de acordo com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda.

De acordo com o MPF, entre 2007 e 2011, o município de Almeirim recebeu recursos federais no valor de R$ 134.434.910,59. Segundo a denúncia do procurador regional da república, Alexandre Espinosa, no período de janeiro de 2009 a novembro de 2011, o atual prefeito José Botelho dos Santos (PT), realizou saques das contas da prefeitura na quantia de R$ 5.557.396,00, com o auxílio do ex-secretário de fazenda e também do ex-representante de uma construtora envolvida no caso.

Ainda conforme o MP, na gestão do ex-prefeito Gandor Calil Hage Neto (PSDB), no período de agosto de 2007 a dezembro de 2008, foram desviados R$ 2.311.139,00, e contou com apoio do secretário de agricultura à época, do secretário especial de controle interno e de duas assessoras contábil, também denunciadas no caso. O prefeito e o ex-prefeito do município vão responder pelo crime de responsabilidade por desviar verbas federais em proveito próprio.

O MPF pede a devolução aos cofres públicos dos valores desviados e aguarda recebimento da denúncia pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. Se condenados, os suspeitos poderão cumprir pena de até 12 anos de reclusão. A condenação definitiva acarretará ainda a perda de cargo e a inabilitação, pelo prazo de cinco anos, para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação.

O G1 tenta contato com o prefeito de Almeirim, José Botelho dos Santos e com o ex-prefeito do município, Gandor Calil Hage Neto sobre a denúncia.



Fonte: MPF do Pará/G1 Pará.

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