Escola Nazaré Rodrigues - Foto: Alristela Cruz |
Fiação elétrica fora dos padrões - Foto: Alciélio Nascimento. |
Representantes do Conselho
Escolar da Escola Estadual Maria de Nazaré Rodrigues da Silva participaram do
programa Laranjal Notícias nesta manhã para convocar os alunos, pais de alunos,
professores, funcionários e a comunidade escolar em geral para participarem de
uma manifestação pacífica em prol do retorno das aulas naquele educandário. O
evento ocorrerá a partir das 17h de hoje, 14/10, na Praça Central João da Silva
Nery, no Agreste.
Desde o dia 22 de setembro, as
aulas na Escola Estadual Professora Maria de Nazaré Rodrigues da Silva, Agreste,
em Laranjal do Jari, estão suspensas. A decisão foi tomada pelo Conselho
Escolar em Assembleia Geral realizada na Câmara Municipal na noite do dia
23/09, um dia após o Corpo de Bombeiros condenar parte da estrutura da
instituição cuja rede elétrica entrou em curto-circuito. Ao menos quatro salas
foram prejudicadas. No momento em que a escola sofreu o curto-circuito não havia
alunos em sala de aula.
“Quatro salas de aulas foram
afetadas. Ficaram sem central de ar e ventilador, que achamos que foram
queimados, porque não tem energia na escola. A diretora fez uma reivindicação à
Seed [Secretaria de Estado da Educação] desde o início do ano com vários
problemas. Trabalhamos sabendo dos riscos”, disse o professor Alciélio
Nascimento, ao portal G1 Amapá.
A Comunidade Escolar formada por professores,
alunos, pais de alunos e funcionários daquele estabelecimento de ensino se
reuniu em audiência pública e em seguida
entrou com uma ação no Ministério Público do Estado (MPE) para pedir
intervenção e melhorias para a escola. “São
muitos outros problemas que temos na escola, que não possui boa ventilação, não
tem quadra, a comida servida não tem condições mínimas de higiene, entre
outros”, acrescentou o professor Alciélio.
A escola atende cerca de 1,2 mil alunos, do 5º ao
9º ano nos turnos da manhã e tarde, e Ensino de Jovens e Adultos (EJA) no turno
da noite. O ano letivo só continua regular para as turmas da noite (EJA) porque
as aulas estão sendo ministradas na Escola Estadual Santo Antônio do Jari, que
cedeu a estrutura para que o ensino não fosse interrompido.
ASSEMBLEIA
GERAL
Assembleia Geral contou com a participação do presidente da Câmara Municipal, Aldo Oliveira - Foto: Ivan Lopes |
Pais, alunos, professores e demais servidores lotam dependências da Câmara na Assembleia Geral - Foto: Ivan Lopes |
Maioria absoluta dos participantes da AG decide pela paralisação das aulas - Foto: Ivan Lopes |
Em assembleia geral realizada na
noite de ontem, 23/09, no plenário da Câmara Municipal de Laranjal do Jari,
alunos (maiores de idade), pais de alunos, professores e funcionários decidiram
democraticamente pela manutenção da paralisação das aulas até que o
estabelecimento receba um posicionamento formal da Secretaria Estadual de Educação,
do Governo do Estado do Amapá ou do Ministério Público. O evento contou com a
participação do presidente da Câmara Municipal, vereador e professor Aldo
Oliveira, a única autoridade presente na assembleia geral. Apesar de ter sido
convidado, o Ministério Público local não enviou representante para a reunião.
As aulas foram interrompidas no
último dia 22/09, quando ocorreu o incêndio nas instalações elétricas de um
pavilhão de salas de aula, o qual foi contido pela ação rápida do Corpo de
Bombeiros, que conseguiu desligar a chave-geral da rede elétrica e impediu
prejuízos maiores.
Tanto o Corpo de Bombeiros quanto
a Companhia de Eletricidade do Amapá, concluíram que a rede elétrica da escola
não está dentro dos padrões de segurança e que o risco de ocorrer curtos
circuitos e incêndios é iminente. A
Escola E. Nazaré Rodrigues é um dos maiores estabelecimentos educacionais do
município laranjalense com o número atual de 1.156 alunos, e apesar da
ampliação do número de salas de aulas e do crescimento do número de alunos ao
longo dos anos, as instalações elétricas não passaram pelas adequações e
reformas necessárias para suportar a demanda por energia. A última reforma no
prédio que sem tem notícia data de 1998, depois disso o estabelecimento passou
apenas por pequenos reparos e pinturas.
Sem o funcionamento das
luminárias e dos ventiladores, é impossível ministrar aula naquele
estabelecimento, principalmente neste período de intenso calor. Esse
impedimento foi confirmado por todos os representantes dos segmentos da escola,
os quais votaram majoritariamente pela paralisação das atividades letivas na
instituição. Uma das alternativas seria alugar um prédio (onde funcionou a
escola Atitude) para acomodar os alunos da Nazaré Rodrigues até que seja feita
a nova instalação elétrica do seu prédio.
A Professora e pedagoga da
Escola, Sandra Borges, apresentou um slide e prestou esclarecimentos sobre
diversas situações envolvendo o educandário e que foi notícia na imprensa
local, incluindo merenda escolar, problemas sanitários e dívidas da
escola.
A atual diretora, Professora
Olendina Conceição, fez citação a todas as providências que ela tomou após
tomar posse e se disse solidária aos alunos e a todos os profissionais da
instituição. Ela destacou que a Escola atualmente recebe apenas recursos para a
merenda e manutenção e que a instituição tem uma cota de apenas R$ 5 mil
mensais para aquisição de alimentos em um supermercado local. O teto de vendas
estipulado pelo referido comércio ocorre em razão das dívidas contraídas pela
escola.
(Ivan Lopes, da Redação do Tribuna do Vale)
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