Na tarde dessa segunda-feira, 26, o
Delegado-Geral Uberlândio Gomes participou de uma coletiva de imprensa,
juntamente com os gestores do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Militar e
do Grupo Tático Aéreo, para informar acerca da suspensão das buscas dos dois
adolescentes desaparecidos desde o último dia 8, no município de Calçoene.
Durante a coletiva, foi explicado
que as equipes envolvidas nas buscas pelos adolescentes exauriram todo o
protocolo de busca e salvamento na mata. Todas as equipes foram extraídas do
local das buscas e a Polícia Civil continua com as investigações, sob o comando
do Delegado Niury Relry, titular da Delegacia de Polícia de Calçoene.
"No último dia 10, o Delegado
Niury instaurou inquérito policial e vem realizando as diligências necessárias
junto com sua equipe e com o apoio do Núcleo de Operações com Cães da Polícia
Civil. Diariamente, o Delegado me mantém informado acerca das investigações e,
até o momento, o inquérito policial não conseguiu reunir elementos informativos
que possam consubstanciar um evento criminoso, mas nenhuma linha de
investigação está descartada. As investigações continuam e, ao final, será
apontado se o desaparecimento dos adolescentes foi proveniente de um evento da
natureza ou de uma ação ou omissão humana", explicou o Delegado.
O Delegado-Geral ressaltou que, a
qualquer momento, caso sejam levantadas informações de que os adolescentes
ainda estejam pela mata, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar serão
acionados para que as buscas sejam retomadas.
ENTENDA O CASO:
Renato Siqueira de Jesus, de 13
anos, e Fabrício Oliveira Barbosa, de 14 anos. Os dois desapareceram em 8 de
abril numa região de floresta do município, no norte do Amapá.
Os meninos estavam acampados com
suas respectivas famílias numa área de assentamento rural para trabalhadores
temporários. Era a primeira vez que eles estavam no local, conhecido como Rio
Verde. Apesar do fim das buscas, o caso segue sendo investigado pela Polícia
Civil, que desde o sumiço ouviram cerca de 10 pessoas, descartando inicialmente
hipótese de crime.
No dia 8, os dois saíram de manhã
para apanhar açaí, prática comum na região. Depois disso, não entraram mais em
contato com a família. As buscas dos bombeiros começaram 2 dias depois.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a
área onde os dois sumiram fica a cerca de 2,5 quilômetros de onde as famílias
estão acampadas. A região é pouco habitada e tem floresta densa, rios e
pequenos riachos.
Ao longo de 16 dias de ações dos
bombeiros na região, poucos vestígios foram encontrados. Foram achadas algumas
pegadas. Também foi encontrada uma cadela que sumiu do mesmo acampamento onde
os adolescentes estavam.
Além dos bombeiros, a busca
mobilizou mais de 50 profissionais do Exército, da Polícia Militar, da Guarda
Florestal e da Polícia Civil, através do Grupo Tático Aéreo (GTA) e o Canil.
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