Município diz que todos os profissionais de atenção básica da rede
pública são cubanos.
Isaú Macena, secretário de saúde de Oiapoque — Foto: John Pacheco/G1 |
Após
a decisão do Ministério da Saúde de Cuba de retirar os
profissionais do Mais Médicos no Brasil, muitas cidades no Amapá viram com
preocupação a medida que vai atingir principalmente a atenção básica, com a
perda de 73 profissionais. Em Oiapoque, no extremo
Norte, as equipes do Programa Saúde da Família são formadas inteiramente por
médicos cubanos.
A administração da cidade prevê um prejuízo na área com a saída dos seis
profissionais, que ao lado de enfermeiros e técnicos, atuam na saúde preventiva
na sede do município. A Secretaria de Saúde da cidade alega não ter como
contratar novos médicos e aguarda pela definição
do Governo Federal sobre a reposição das vagas.
"Nossa
atenção básica fica totalmente comprometida. Ficamos totalmente dependentes do
anúncio do Governo Federal pra saber como vamos suprir essa ausência de médicos
cubanos: se vão buscar de outras nacionalidades ou aqueles que se formaram no
Brasil", espera Esaú Macena, secretário de saúde de Oiapoque.
Além dos seis profissionais no Saúde da
Família, Oiapoque conta com outros dois médicos cubanos atuando em áreas
indígenas coordenadas pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai). A prefeitura
da cidade ainda lamenta que a distância dos grandes centros limita a
contratação de novos médicos.
Atendimento de saúde sendo feito em aldeia indígena de Oiapoque — Foto: Abinoan Santiago/Arquivo G1 |
"O
médico não vai deixar de sair da capital para trabalhar na estratégia onde o
salário é menor que a média e alta complexidade. Os cubanos estão apreensivos,
eles também estão sem saber. Só foram notificados e estão aguardando",
completou o secretário.
Dos 73 profissionais do
Mais Médicos espalhados pelos municípios do Amapá, a maior parte está em Santana, com 21 cubanos. A
capital Macapá atualmente
está com seis médicos. Representantes das secretarias de saúde se reuniram
nesta sexta-feira (16) para tomar medidas sobre a redução.
Secretários de saúde se reuniram para medidas após fim do programa — Foto: John Pacheco/G1 |
Fonte: G1 Amapá.
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