Assembleia Legislativa do Estado do Amapá |
Promotor Afonso Guimarães |
Deputados do Amapá têm mais de dois mil cargos de confiança nos gabinetes. Essa situação mereceu mais uma vez um destaque especial no Fantástico de ontem (07/06). Não é a primeira vez que os deputados amapaenses tem sido alvos de denúncias do programa global e pelo visto vergonha é algo que passa longe da maioria dos nossos nobres legisladores. Vejam a matéria:
Com gabinetes de 30 metros quadrados, a Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) tem 2.653 cargos de confiança para os 24 parlamentares estaduais. Somente um dos deputados nomeou 71 pessoas para trabalhar no mandato. O caso foi mostrado no domingo (7) pelo Fantástico, com base em investigação do Ministério Público (MP) do Amapá, que informou que vai entrar com ação para diminuir o número de cargos de confiança até sexta-feira (12). A Assembleia argumentou que assessores são distribuídos entre os municípios.
Consultado pela reportagem do Fantástico, o engenheiro-civil Carlos Eduardo Domingues da Silva, explicou que exercer as funções nos gabinetes é um desafio para física e servidores por causa do tamanho das salas em comparação a quantidade de funcionários. “Então, um total de 30 metros quadrados, trabalhariam no máximo cinco pessoas”, analisa o profissional.
Um dos assessores nomeados na Assembleia Legislativa do Amapá delatou ao Ministério Público o excesso de contratação. Ele contou que prestava serviços particulares ao parlamentar no lugar das funções para qual era nomeado no legislativo.
"Nunca entrei na Assembleia. Era nomeado como assessor político e nunca peguei num papel", revelou ao Fantástico.
A Assembleia Legislativa justificou a quantidade de cargos de confiança com o argumento de que todos os deputados têm direito a ter assessores nos 16 municípios amapaenses.
"Se eu tivesse cinco assessores em cada município, eu teria quantos?", questionou o secretário-geral da Assembleia, Paulo Melém.
O caso chamou atenção do Ministério Público. O pedido de diminuição dos cargos de confiança será analisado pela Justiça após uma ação civil pública ser ingressada contra o parlamento estadual.
“Vamos à Justiça, pedindo que o judiciário anule essas contratações ilegais. E nesses casos, logicamente, o Ministério Público irá pedir a devolução dos valores, sim”, afirma o promotor de Justiça Afonso Guimarães.
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