Da tribuna da AL,
ontem, deputado Ericláudio disse processará cada uma das pessoas que usou as
redes sociais para “caluniá-lo e difamá-lo”. Disse que irá exigir retratação e
reparação do dano moral, pois ele é um delegado de polícia e não uns bandidos
como tentaram tachar os deputados. A matéria a seguir é do Jornal Diário do
Amapá.
Deputado Ericláudio Alencar |
O líder do governo na Assembleia Legislativa
(AL), deputado Ericláudio Alencar (PRB), usou o Grande Expediente dessa
segunda-feira, 8, daquela Casa de Leis, para se posicionar sobre a reportagem
exibida na noite de domingo, 7, pelo Fantástico, da Rede Globo, que tratou
sobre supostos esquemas de fraude e corrupção nos poderes legislativos de
vários estados do país, inclusive do Amapá.
“Simplesmente nos jogaram numa vala comum. Estou
deputado há quatro meses e o que a matéria fez foi colocar-nos em xeque perante
a opinião pública. Quando você afirma que 24 deputados mantêm mais de 70
assessores em seus gabinetes você está generalizando. Além disso, dias antes
mesmo de a reportagem ser exibida já havia uma verdadeira propaganda nas redes
sociais de que o Fantástico iria revelar o maior esquema de corrupção no
governo, veja bem, no governo, e que os protagonistas desse esquema seriam o
presidente desta Casa, deputado Moisés Souza (PSC), Pedro da Lua (PSC) e eu”,
declarou Ericláudio.
O republicano foi além: “O que fizeram demonstra
claramente um ataque cruel e impiedoso. Levei 56 anos para construir meu maior
patrimônio que é meu nome. As mensagens infames foram espalhadas pela rede,
maculando a minha imagem e de meus colegas. Mas, aviso, printei cada uma delas,
inclusive, de um delegado de polícia, como eu, e vou representar judicialmente
contra cada pessoa. Vou exigir retratação e reparação do dano moral. Sou
delegado de polícia e não um bandido como tentaram me tachar”, desabafou
Ericláudio.
O deputado também declarou que existem forças
políticas por trás da matéria, e propôs que a Assembleia Legislativa do Amapá
investigue isso a fundo. “A crítica construtiva é bem vinda. A crítica covarde
não é aceitável e deve ser combatida. Uma coisa é certa: se houve uma manobra
política para macular a nossa imagem, isso será apurado”, afirmou.
Ericláudio concluiu dizendo que se existe alguma
fraude ou esquema de corrupção, que se apure, comprove-se e se denuncie. “Se
existe algum esquema que se apure com responsabilidade e se revele quem faz
parte dele. Jamais fecharei meus olhos para o crime, porque aqueles que usurpam
o erário são criminosos. Agora, que se investigue, garanta o direito à defesa e
ao contraditório antes de jogar o nome de qualquer pessoa na lama”, concluiu.
Até oposicionistas defenderam os cargos
comissionados, como Paulo Lemos (Psol): “Tenho 17 assessores nomeados, e, é
claro, falta espaço para todos eles em meu gabinete, por isso eles atuam no
interior do estado ou em outros locais.
O deputado Pedro da Lua (PSC) disse que em
relação aos 70 assessores de um único gabinete parlamentar não existe qualquer
crime. “Temos R$ 58 mil para contratação de assessores. Esse número ao que o
Fantástico se refere tem como base a deputada Raimunda Beirão. Hora, ela pegou
R$ 58 mil e dividiu entre sua equipe de trabalho, que está espalhada em vários
municípios. Onde está o crime? Eu particularmente tenho 33 assessores, mas
confesso, já requeri autorização para contratar mais 20. Não trabalhamos
sozinhos. E, se o recurso está disponível, fazemos a contratação para melhorar
nossa relação com as pessoas que estão em outros municípios, além de gerar
emprego e renda. Repito, onde está o crime nisso?” questionou o deputado Pedro
da Lua.
No Amapá, segundo a reportagem, são mais de 2,6
mil cargos comissionados para 24 deputados. Na reportagem, o consultor geral da
AL, Paulo Melém, explicou que os assessores trabalham efetivamente para os
parlamentares em todos os 16 municípios amapaenses.
De acordo com o Promotor de justiça Afonso
Guimarães, o Ministério Público vai analisar a questão levantada pela
reportagem do Fantástico: “Se forem constatadas irregularidades, vamos acionar
os deputados, judicialmente, através do ajuizamento de Ação Civil Pública com o
objetivo de punir eventuais culpados, caso tenha havido dolo”.
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