sexta-feira, 19 de agosto de 2022

FAKE NEWS EM LARANJAL DO JARI: ALUNA NÃO SOFREU FERIMENTOS, NÃO FOI ABORDADA POR VEÍCULO E NEM NAS PROXIMIDADES DE ESCOLA

 

Praça central do Agreste | Laranjal do Jari/AP


Um áudio que viralizou nas redes sociais, especialmente nos grupos de whatsapp nesta quinta-feira, 18, em Laranjal do Jari-AP, no qual se fazia um relato sobre uma estudante da Escola Ana Neri que teria sido vítima de uma abordagem violenta, apresentou várias distorções que precisam ser desmentidas e corrigidas.

De acordo com relato do genitor da estudante, a pré-adolescente de fato sofreu uma abordagem agressiva nesta quinta-feira por parte de um homem desconhecido na Avenida Tancredo Neves nas proximidades da Praça Central, entretanto, ela conseguiu se desvencilhar e não sofreu escoriações. A garota não soube precisar a faixa etária do homem e o caso foi registrado na Delegacia de Polícia local. Imagens de câmeras de segurança do perímetro podem ajudar na identificação do acusado.

Ao contrário do que foi divulgado no áudio, o fato não aconteceu nas proximidades da escola Ana Neri e não havia presença de veículo na abordagem.

A notícia cheia de distorções foi rapidamente disseminada nas redes sociais, inclusive nos grupos de WhatsApp de professores e diretores escolares do nosso município. Alguns pais e alunos – com medo do tal carro - ficaram em pânico e não permitiram que seus filhos retornassem sozinhos para casa.

De fato, o bom senso sugere que as crianças e até mesmo adolescentes nunca andem sozinhos. De preferência, que sejam acompanhadas por adultos de confiança ou em grupos, que nunca aceitem carona ou qualquer tipo de abordagem no percurso, mesmo que sejam de homens conhecidos da pessoa ou da família, explica o professor Ivan Lopes. “Os pais também devem ficar atentos aos horários e se o estudante demorar além do normal, devem entrar em contato com a escola ou ir atrás do filho. O medo e a preocupação nesses casos são salutares e necessários, pois quem ama cuida”, enfatiza o professor.

Por outro lado, é importante que existam filtros nos meios de comunicação, pois uma informação falsa causa preocupação e pânico desnecessários. Há sempre uma forma de checar se a informação é verdadeira e na dúvida, o bom senso manda não divulgar e replicar a mensagem, especialmente quando envolve nomes de pessoas e empresas. Nomes de menores de idade nunca devem ser revelados, ainda mais em cidades pequenas. “Uma fake news pode causar prejuízos morais, materiais e até custar a vida de pessoas. Já tivemos casos em nosso país em que pessoas inocentes foram assassinadas por terem sido denunciadas falsamente em redes sociais”, relembra o jornalista e professor Ivan.

Como estratégia de convencimento, o propagador de mentiras costuma fazer saudações bíblicas e citar nomes de pessoas conhecidas para que a informação falsa tenha credibilidade. “Nem todas são fake news, mas o correto é sempre checar as notícias e também os detalhes”, conclui o educador.

AC da Redação do TV/Imagem: A. Cruz




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