Secretário geral do
partido no Amapá, deputado estadual revela que prioridade para 2018 é eleger
dois deputados estaduais e um federal, mas não descarta concorrer ao Senado
Em entrevista concedida neste sábado ao
programa Togas&Becas (DiarioFM 90.9), ancorado pelo advogado Helder
Carneiro, tendo na bancada os também advogados Wagner Gomes e Evaldy Mota, o
secretário geral do PSol no Amapá, deputado estadual Paulo Lemos, admitiu que o
partido pode integrar uma frente de oposição para disputar as eleições de 2018,
mas condiciona essa participação à não participação do DEM na coligação. Ele
revelou que a prioridade do PSOL é eleger pelo menos dois deputados estaduais e
federais, mas não descartou uma candidatura própria ao Senado.
A declaração de Paulo Lemos foi em resposta
ao empenho que está sendo feito por lideranças do PSB no estado, em especial o
senador João Capiberibe e o ex-governador Camilo Capiberibe para que os partidos
de esquerda se unam em uma coalisão para se que contraponha às forças da
situação, lideradas pelo PDT comandado pelo governador Waldez Góes. “Inclusive
a gente já está dialogando, mas temos uma vinculação muito forte com o prefeito
Clécio, pois participamos ativamente de sua reeleição por entendermos que essa
gestão tem parte da ideologia que o partido busca; entretanto, com relação ao
senador Davi (DEM), logicamente não podemos fazer composição no que diz
respeito ao partido, apesar de que a gente tem conversa sim, a realidade do
Amapá é diferente de outros estados; todos nós aqui somos às vezes amigos,
convivemos com outras pessoas, mas o lado partidário é diferente, a ideologia
diferente”, analisou.
Paulo Lemos ponderou que há necessidade de
uma avaliação profunda do quadro político para uma posterior tomada de posição:
“Temos que avaliar primeiro que o PSol precisa pelo menos manter o seu espaço
que é nosso mandato e necessariamente buscar eleger um deputado federal,
considerando a legislação que vem ai, a cláusula de barreira que leva em conta
o espaço na Câmara (dos Deputados), o fundo partidário, por exemplo; a
prioridade é reeleger o nosso mandato e mais dois deputados estaduais, só ou
coligado com algum partido e garantir eleição de um deputado federal; essa é a
nossa realidade, é até onde temos pernas pra ir; mas também estamos avaliando
uma candidatura ao Senado dentro do próprio partido ou apoiar uma frente de
partidos”.
O deputado não descartou uma eventual
coligação com o PSB, mas ele lembrou que o PSol faz parte da base aliada do
prefeito Clécio Luís (Rede): “Não digo que não vamos ter dialogo com o PSB,
esse diálogo está aberto sim; precisamos ter conversas, diálogos; o mais
difícil é com esse grupo que governa o estado, porque somos declaradamente opositores,
respeitando, claro, mas é muito difícil conversar pensando em coligação para as
eleições do ano que vem; com o PSB podemos conversar, mas temos uma aliança
muito forte com o senador Randolfe e o prefeito Clécio, com quem temos
garantido o nosso espaço na gestão, espaço politico e vários tipos de
apoiamentos, por isso o PSB sempre vai dialogar com o Clécio e o Randolfe”.
(Texto e imagem: Jornal Diário do Amapá)
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