Um áudio que viralizou nas redes sociais,
especialmente nos grupos de whatsapp nesta quinta-feira, 18, em Laranjal do
Jari-AP, no qual se fazia um relato sobre uma estudante da Escola Ana Neri que
teria sido vítima de uma abordagem violenta, apresentou várias distorções que
precisam ser desmentidas e corrigidas.
De acordo com relato do genitor da estudante, a
pré-adolescente de fato sofreu uma abordagem agressiva nesta quinta-feira por
parte de um homem desconhecido na Avenida Tancredo Neves nas proximidades da
Praça Central, entretanto, ela conseguiu se desvencilhar e não sofreu
escoriações. A garota não soube precisar a faixa etária do homem e o caso foi
registrado na Delegacia de Polícia local. Imagens de câmeras de segurança do
perímetro podem ajudar na identificação do acusado.
Ao contrário do que foi divulgado no áudio, o fato não
aconteceu nas proximidades da escola Ana Neri e não havia presença de veículo
na abordagem.
A notícia cheia de distorções foi rapidamente
disseminada nas redes sociais, inclusive nos grupos de WhatsApp de professores
e diretores escolares do nosso município. Alguns pais e alunos – com medo do
tal carro - ficaram em pânico e não permitiram que seus filhos retornassem
sozinhos para casa.
De fato, o bom senso sugere que as crianças e até
mesmo adolescentes nunca andem sozinhos. De preferência, que sejam acompanhadas
por adultos de confiança ou em grupos, que nunca aceitem carona ou qualquer
tipo de abordagem no percurso, mesmo que sejam de homens conhecidos da pessoa
ou da família, explica o professor Ivan Lopes. “Os pais também devem ficar
atentos aos horários e se o estudante demorar além do normal, devem entrar em
contato com a escola ou ir atrás do filho. O medo e a preocupação nesses casos
são salutares e necessários, pois quem ama cuida”, enfatiza o professor.
Por outro lado, é importante que existam filtros nos
meios de comunicação, pois uma informação falsa causa preocupação e pânico
desnecessários. Há sempre uma forma de checar se a informação é verdadeira e na
dúvida, o bom senso manda não divulgar e replicar a mensagem, especialmente
quando envolve nomes de pessoas e empresas. Nomes de menores de idade nunca
devem ser revelados, ainda mais em cidades pequenas. “Uma fake news pode causar
prejuízos morais, materiais e até custar a vida de pessoas. Já tivemos casos em
nosso país em que pessoas inocentes foram assassinadas por terem sido
denunciadas falsamente em redes sociais”, relembra o jornalista e professor
Ivan.
Como estratégia de convencimento, o propagador de
mentiras costuma fazer saudações bíblicas e citar nomes de pessoas conhecidas
para que a informação falsa tenha credibilidade. “Nem todas são fake news, mas
o correto é sempre checar as notícias e também os detalhes”, conclui o
educador.
AC da Redação do TV/Imagem: A. Cruz
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