A equipe técnica da Agência de Defesa e
Inspeção Agropecuária (Diagro) ensinou para 30 bolsistas do Programa Amapá
jovem do Vale do Jari, no sul do estado, medidas simples, mas eficazes no
combate à mosca da carambola - como colher as frutas quando então maduras e
juntá-las do chão quando caírem.
A ação tem parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do
Estado do Pará (Adepará) e com o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
A bolsista do programa Amapá Jovem Thayla Cunha, declara que a partir de hoje será uma multiplicadora em sua comunidade - Foto: Sevuj
A bolsista, Thayla Cunha, 23 anos, relata que no quintal de
casa, sua mãe sempre cultivou frutas como jambo e manga, e quando caiam no chão
ninguém tinha a preocupação de colher, pois não sabiam que esses frutos
poderiam ser hospedeiros da mosca.
“De fato não tinha ideia
de como a praga se propagava, e nem que eu poderia ajudar a combater. É
extremamente importante que as pessoas saibam que todos podem contribuir para a
erradicação da mosca da carambola com atitudes tão simples do dia adia. Me
sinto no dever de informar meus vizinhos e amigos sobre essa ação”, declara a jovem.
O gerente de defesa vegetal da Diagro,
Charles Brito, explica que quando a fruta hospedeira cai da árvore, as larvas
que estão dentro do fruto se espalham rapidamente no solo e atingem os demais.
Ele ainda alerta que é essencial que as pessoas colham a fruta
quando está madura, e caso ela já esteja com larvas é necessário que sejam
colocadas em sacos plásticos resistentes, e que fiquem fechados durante cinco
dias, e após esse período, é preciso enterrá-las, em sacos plásticos
resistentes, em covas com pelo menos 20 centímetros de
profundidade.
“A erradicação da mosca
da carambola exige a colaboração de todos, pois todos podemos ser
multiplicadores de combate à praga. Além dessas medidas é importante também que
as pessoas não mexam nas armadilhas instaladas pelos nossos profissionais e
jamais transportem frutas hospedeiras para outras cidades”, frisa o gestor.
A fiscalização intensiva realizada pelo
Governo do Amapá através da Diagro, em pontos fixos como aeroporto, áreas
portuárias e rodoviárias, são essenciais para que a praga não se propague pelo
Brasil.
Por esse motivo, o transporte ou venda de
frutos hospedeiros das regiões com a presença da mosca carambola podem resultar
em multas que variam de R$1.350 a R$6.750.
A conscientização de combate a mosca da carambola faz parte do
cronograma de atividades da Diagro e da Secretaria Extraordinária da Juventude
(Sejuv) por meio do Programa Amapá Jovem.
“Estamos investindo na
qualificação dos nossos jovens, levando em conta as especificidades de cada
região e preparando os nossos bolsistas para que atuem em benefício da
comunidade em que vivem”, destaca o secretário de Juventude, Pedro Filé.
Por Jamylle Nogueira - Sevuj/GEA
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