quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

SEM CONVÊNIOS COM SETOR PÚBLICO E SEM A AJUDA DE VOLUNTÁRIOS, A ONG QUE CUIDA DAS CRIANÇAS COM CÂNCER NO AMAPÁ PODERÁ FECHAR AS PORTAS EM 2021



Mais uma notícia triste, especialmente para os familiares das crianças que já estiveram, estão ou terão câncer: a Ong Carlos Daniel poderá fechar as portas em breve se não receber apoio financeiro para custear os gastos necessários no atendimento das crianças e adolescentes.

A Organização atua desde 2015 apoiando crianças e adolescentes com câncer através de doações, ajuda com hospedagem e tratamento de pacientes que precisam sair do estado. Todo o dinheiro da ONG é arrecadado em eventos beneficentes e com doações das pessoas. Por conta da pandemia os eventos não podem acontecer, e as poucas doações que entravam, pararam de chegar.

Responsável pela Ong, o professor Agenilson Pereira, já havia revelado essa situação (sobre o fechamento da instituição) para o Tribuna do Vale e nesta semana ele revelou publicamente através do programa Café com Notícia da Diário FM de Macapá.

A Ong foi criada por Agenilson após a morte do filho em 2015. Carlos Daniel, que deu nome a instituição, tinha 7 anos e morreu enquanto fazia tratamento contra leucemia. A morte do filho provocou uma mudança total na vida do professor e a partir daquele sofrimento ele decidiu que o seu filho passaria a viver através da sua luta em defesa da vida de outras crianças.

"Temos crianças e adolescentes de Laranjal do Jari que receberam e ainda recebem apoio incondicional da Ong, por essa razão resolvi entrar nesta luta, não somente dando a minha contribuição financeira, mas reforçando a campanha para que os nossos munícipes também façam as suas doações. Agradeço aos amigos que têm dado as suas parcelas de contribuição, entretanto, sabemos que os valores arrecadados estão longe de cobrir os gastos pela ong, inclusive para manter as crianças e acompanhantes em São Paulo", salienta o professor Ivan Lopes.

O trabalho da ONG Carlos Daniel pode ser acompanhado através das redes sociais diariamente. No perfil do Instagram é possível ver desde o início do tratamento dos pacientes, até à recuperação, como o caso da jovem Eliana Gama, de 15 anos, que saiu recentemente de Laranjal do Jari com destino a São Paulo para realizar o tratamento contra a leucemia.


Redação Tribuna do Vale. 

 


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