quinta-feira, 10 de outubro de 2019

COMISSÃO ELEITORAL ANALISARÁ RECOMENDAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DECIDIRÁ SE ANULARÁ OU NÃO O RESULTADO DA ELEIÇÃO



 

Considerando várias situações que podem ter prejudicado a disputa entre os candidatos a conselheiros tutelares, o Ministério Público do Amapá recomendou à Comissão Eleitoral para eleições do Conselho Tutelar e à Procuradoria Geral do Município de Laranjal do Jari que proceda a anulação da eleição realizada no último domingo, 06/10 e que realize nova eleição.

A Comissão Eleitoral foi notificada no fim da manhã desta quinta-feira, 10. Em breve os membros deverão se reunir para discutir o pedido do MPE e decidir se acolhem a referida recomendação.

Ao Jornal Tribuna do Vale, a presidente da Comissão Eleitoral, Walquíria Amaral declarou que optou por não emitir qualquer comentário sobre o assunto como uma forma de se resguardar, pelo menos até que seja realizada a reunião para deliberar sobre a recomendação do MPE.

No documento, o MPE salienta que a exígua diferença de votos entre os vencedores, e principalmente entre os suplentes, justificaria uma nova eleição, já que ficou evidente que um significativo número de eleitores não puderam votar. Alguns não votaram porque seus nomes não constavam nas listas impressas, mas a maioria não votou porque não conseguiu suportar o grande tempo de espera para consumar o sufrágio.

De acordo com a Promotora de Justiça, Samile Alcolumbre, muitos eleitores reclamaram que o nome deles não constava no caderno de votação, sendo que, apenas por volta das 11h, decidiu-se que se o número do título estivesse registrado na urna, poderiam votar, consignando o nome e a assinatura no verso do caderno de votação, o que foi feito.

O MPE recomendou também que a Comissão Eleitoral realize uma eleição mais organizada, que amplie o número de urnas pelo menos para o dobro do quantitativo anterior e que instale seções nas comunidades rurais de Padaria e Água Branca do Cajari.     
Em entrevista ao programa radiofônico Laranjal Notícias, da 87,9 FM, a Dra. Samile já havia dado sinais de que recomendaria a anulação do resultado da eleição, pois ela foi taxativa em assumir que houve várias falhas no processo de votação.

Caso a Comissão Eleitoral não acolha a recomendação, Samile Alcolumbre poderá ajuizar ação anulatória da eleição. Uma nova eleição implicará em mais gastos para o município laranjalense, visto que este tipo de eleição não é custeado pela Justiça Eleitoral. 

(Da Redação do Tribuna do Vale)


 

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