Considerando
várias situações que podem ter prejudicado a disputa entre os candidatos a
conselheiros tutelares, o Ministério Público do Amapá recomendou à Comissão
Eleitoral para eleições do Conselho Tutelar e à Procuradoria Geral do Município
de Laranjal do Jari que proceda a anulação da eleição realizada no último
domingo, 06/10 e que realize nova eleição.
A
Comissão Eleitoral foi notificada no fim da manhã desta quinta-feira, 10. Em
breve os membros deverão se reunir para discutir o pedido do MPE e decidir se
acolhem a referida recomendação.
Ao
Jornal Tribuna do Vale, a presidente da Comissão Eleitoral, Walquíria Amaral
declarou que optou por não emitir qualquer comentário sobre o assunto como uma
forma de se resguardar, pelo menos até que seja realizada a reunião para
deliberar sobre a recomendação do MPE.
No
documento, o MPE salienta que a exígua diferença de votos entre os vencedores, e
principalmente entre os suplentes, justificaria uma nova eleição, já que ficou
evidente que um significativo número de eleitores não puderam votar. Alguns não
votaram porque seus nomes não constavam nas listas impressas, mas a maioria não
votou porque não conseguiu suportar o grande tempo de espera para consumar o
sufrágio.
De
acordo com a Promotora de Justiça, Samile Alcolumbre, muitos eleitores
reclamaram que o nome deles não constava no caderno de votação, sendo que,
apenas por volta das 11h, decidiu-se que se o número do título estivesse registrado
na urna, poderiam votar, consignando o nome e a assinatura no verso do caderno
de votação, o que foi feito.
O
MPE recomendou também que a Comissão Eleitoral realize uma eleição mais
organizada, que amplie o número de urnas pelo menos para o dobro do
quantitativo anterior e que instale seções nas comunidades rurais de Padaria e
Água Branca do Cajari.
Em
entrevista ao programa radiofônico Laranjal Notícias, da 87,9 FM, a Dra. Samile
já havia dado sinais de que recomendaria a anulação do resultado da eleição,
pois ela foi taxativa em assumir que houve várias falhas no processo de
votação.
Caso
a Comissão Eleitoral não acolha a recomendação, Samile Alcolumbre poderá
ajuizar ação anulatória da eleição. Uma nova eleição implicará em mais gastos
para o município laranjalense, visto que este tipo de eleição não é custeado
pela Justiça Eleitoral.
(Da Redação do Tribuna do Vale)
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