Jorge Rafael, da Fundação Jari, falando da importância do Instituto Jari Vale Mais e dos recursos doados para a ONGs por iniciativa do vereador Marcelo Padilha. |
Raylla Gomes (esposa de Padilha), Marcelo Padilha e Williams Lamy fazendo entrega do cheque simbólico. |
Na
terça, 27/06 o vereador de Laranjal do Jari, Marcelo Padilha Aguiar (PRTB), 37
anos, participou da solenidade da 1ª doação de recursos para as seis entidades
civis que realizam trabalhos sociais no município que fica a 296 quilômetros de
Macapá, no sul do Amapá. Marcada historicamente pela instabilidade
política e econômica com as trocas sucessivas de prefeitos e pela situação de vulnerabilidade
social das crianças e adolescentes, a cidade laranjalense carece de iniciativas
que retirem essas pessoas da situação de risco e as motivem e fortaleçam
através de atividades socioeducativas e as de economia solidária.
Natural de Macapá e radicado na região do Jari,
Padilha é servidor efetivo do Instituto Federal do Amapá e formado em Ciências
Contábeis. Ele assumiu o compromisso de legislar sem receber os proventos a que
teria direito e de repassar R$ 2,5 mil para o Fundo Social do Instituto Jari
Vale Mais, que por sua vez lançou um edital para que as associações e demais
entidades não governamentais ligadas à cultura, esporte, juventude, Mulheres e
atividades sociais em gerais pudessem apresentar seus projetos e concorrerem
para a subvenção dos recursos.
A
Companhia de Dança Mandara, Instituto Social BBB, Artes Manuais – Casa Bela,
Viver a Arte Jari, Biojoias do Jari e Associação Amigos do Esporte foram as primeiras
seis selecionadas pelo Comitê Julgador para receber os valores que variaram
entre R$ 1,8 mil e R$ 700. Para a formação do Comitê Julgador totalmente
técnico e imparcial, o Instituto Jari Vale Mais contou com a parceria da
Fundação Jari.
Os
valores doados neste primeiro edital correspondem a soma de três meses de
salários, sendo são descontados R$ 1 mil para as despesas de gabinete e em
fevereiro o legislador municipal já havia feito a doação de R$ 2,5 para a Liga
dos Blocos Carnavalescos de Laranjal do Jari – LIBLA.
Williams
Lamy Teles, presidente do Instituto Jari Vale Mais, destacou que o Fundo Social
não dependerá exclusivamente dos recursos repassados pelo vereador Padilha, mas
que será imprescindível a doação de outros cidadãos voluntariosos, sejam
autônomos, servidores ou empresários.
Em
seu pronunciamento, a pedagoga e voluntária no Projeto Sócio assistencial da
Associação Amigos do Esporte, Gleice Batista, destacou a importância que o recurso
recebido terá na vida das crianças e jovens que fazem parte da escolinha de
futebol. “Várias vezes batemos às portas de políticos e empresários atrás de
uma simples bola de futebol de campo e a maioria deles dizia que não podia
fazer a doação de um objeto que custa em média de R$ 100,00 e que atende
simultaneamente várias crianças e adolescentes carentes”, disse.
Iniciante
na carreira política e ativista das causas sociais, especialmente dentro das
cooperativas e associações ligadas ao empreendedorismo e a juventude, Marcelo
Padilha foi o 7º vereador mais votado em 2016 com 472 votos. Profissionalmente,
atua como contabilista concursado do IFAP de Laranjal do Jari, fonte principal
do seu sustento. Inclui no seu currículo acadêmico, o mestrado em educação
agrícola pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-UFRRJ.
No
esporte e na cultura, ele esteve à frente do time de futebol Agreste Esporte
Clube, do Clube Atlético Jari sub-17 e do bloco carnavalesco Caldeirão da Milharina,
além de participar de vários conselhos, associações, cooperativas e demais
agremiações do gênero. “Temos vários projetos que visam fomentar a economia
local, melhorar a estrutura da nossa cidade e melhorar a vida da nossa
juventude”, pontuou.
Apesar
de ser iniciante na política, ele já descartou a possibilidade de concorrer à
reeleição e disse que a meta é apenas colocar seus projetos em prática com a
ajuda da própria comunidade. Crítico e ao mesmo tempo ponderado, Padilha tem
sido uma unanimidade, inclusive sendo respeitado e cortejado publicamente em
todas as sessões até pelos colegas mais experientes daquela casa de leis.
(Ivan Lopes, da Redação do Tribuna do Vale)
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