Por 18 votos a 3, a
Assembleia Legislativa do Amapá negou na manhã desta terça-feira, 18, o pedido
feito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para processar o governador
Waldez Góes (PDT) no caso dos consignados. Com o pedido negado, Waldez só
poderá ser investigado quando deixar o mandato.
Estavam
ausentes na votação as deputadas Luciana Gurgel (PR) e Rosely Matos (DEM).
Votaram a favor do pedido apenas a bancada de oposição, formada por Cristina
Almeida e Max da AABB, ambos do PSB, e Paulo Lemos (PSOL). A deputada Marília
Góes (PDT), esposa do governador, se absteve de votar.
Um
parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, de autoria da relatora
Edna Auzier (Pros), já negava o pedido e embasou um projeto de resolução de
Moisés Souza (PSC). O pedido do STJ precisava da aprovação de dois terços dos
deputados.
“O
governador já foi absolvido no processo criminal. Não tinha sentido ele ser
processado de novo”, defendeu a deputada depois da votação de hoje.
O
deputado Paulo Lemos, que votou a favor do pedido do STJ, disse que vai
continuar defendendo que haja uma nova investigação pelo STJ. “Vou continuar
defendendo após a saída do governador do cargo”, adiantou ele.
Waldez foi denunciado pelo
MP sob acusação de não ter repassado a bancos e empresas financeiras cerca de
R$ 68 milhões que haviam sido descontados de servidores públicos em função de
empréstimos consignados na folha de pagamento durante o último ano de mandato.
Ele foi absolvido na esfera criminal por alegar que os secretários eram os
verdadeiros ordenadores de despesa.
(Por Cássia Lima).
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