Foi preciso a intervenção do Ministério Público para que os consumidores tivessem direito à informação e ao restabelecimento mais rápido do serviço.
TRIBUNA DO VALE - Além de deixar os consumidores sem
energia, a Companhia de Eletricidade do Amapá também cerceou o direito dos
moradores do Bairro Mirilândia, em Laranjal do Jari, terem informações sobre a
previsão do restabelecimento do fornecimento de energia elétrica. Esse direito
foi assegurado somente após denúncia do Tribuna do Vale ao plantão do
Ministério Público do município.
Um comerciante do bairro expôs sua
angústia à nossa reportagem: “Quando ligávamos para o 116 (call Center da CEA),
eles diziam que já existia uma equipe no local fazendo os reparos, mas isso
nunca aconteceu”, até porque nós estávamos ao lado do poste naquele exato
momento”, relatou. Ele também relatou os investimentos emergenciais que teve
que fazer para não ter que sofrer mais prejuízos em conseqüência do apagão
elétrico.
O problema em um transformador que fica
próximo do cemitério, na Rua Emílio Médici, provocou uma apagão em parte do
bairro Mirilândia, na Zona Oeste da cidade, incluindo as Ruas Emílio Médici,
Dias Gomes, Ayrton Sena e adjacências. O blecaute ocorreu por volta das 19h
desta sexta-feira, 28/08 e só teve o problema resolvido por volta das 2h da madrugada
do domingo.
De acordo com uma moradora do bairro,
o problema naquele transformador tem sido freqüente e ela própria já formalizou
vários ofícios solicitando a substituição do equipamento. Segundo relato dos moradores
vizinhos, foi percebido um vazamento no transformador, o qual foi informado para
a CEA. Comerciantes e moradores que tem crianças, idosos e enfermos em casa
também foram os que mais reclamaram os transtornos. “Apesar de ser jovem e estar com saúde, eu busquei abrigo na casa de um
vizinho que não sofreu o blecaute, pois não estava suportando o calor e as
picadas de carapanãs”, relatou o jovem Fabrício.
Os apagões ocorridos na rede da CEA em
Laranjal do Jari tem sido frequentes nestas últimas semanas. Mesmo não tenha
uma solução imediata, os consumidores devem entrar em contato com a CEA através
do 116 (telefone gratuito), anotar o protocolo e depois fazer a denúncia na
Aneel através do número 167. Além disso, os moradores podem acionar o plantão
do Ministério Público para formalizar a reclamação.
Essas medidas são essenciais para que
as autoridades adotem sanções contra a CEA. Em Pedra Branca do Amapari, por
exemplo, o MP requereu a cobrança da multa imposta à companhia, cerca de R$ 289
mil, à CEA pelos constantes apagões e
prejuízos causados à população daquele município.
Ivan Lopes, da reportagem do Tribuna do Vale.
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